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Saúde Vírus

Caso de gripe K é identificado no Brasil, aponta monitoramento; vírus é variante do influenza A já conhecido

Também foi identificado o subclado J.2.4 do mesmo vírus. Ministério da Saúde ressalta que o aumento da circulação da Influenza A no Brasil ocorreu antes da identificação desses subclados.

17/12/2025 às 09h28
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
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Foto: Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil
Foto: Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde confirmou a identificação, no Brasil, do subclado K da Influenza A (H3N2) — popularmente chamado de “gripe K” — em amostras analisadas no estado do Pará. A informação consta do Informe de Vigilância das Síndromes Gripais, referente à Semana Epidemiológica 49, divulgado na última sexta-feira (12).  

De acordo com o documento, também foi identificado o subclado J.2.4 do mesmo vírus. Ambos os subclados já estavam em circulação em regiões da América do Norte, Europa e Ásia antes de serem detectados no país. O ministério ressalta que o aumento da circulação da Influenza A (H3N2) no Brasil ocorreu antes da identificação desses subclados específicos.

Entenda o subclado k do vírus da influenza

  • Origem: a gripe é causada pelo vírus influenza; o tipo A é o mais associado a surtos e casos graves.
  • Subclado K: é uma variação genética do influenza A (H3N2); não é um vírus novo.
  • No Brasil: o subclado foi identificado em amostras do Pará, segundo o Ministério da Saúde.
  • Sintomas: febre, dor no corpo, tosse e cansaço; atenção a piora rápida e falta de ar. Os sintomas são os já tradicionais nos casos de gripe.
  • Prevenção: vacinação segue sendo a principal forma de evitar casos graves e mortes.
  • Circulação: OMS alerta que, por causa do subclado K, alguns países registraram início mais precoce da temporada de gripe e níveis de atividade acima do padrão histórico para esta época do ano.

Influenza no Brasil

O informe aponta que, nas últimas semanas analisadas, há sinal de crescimento ou manutenção das hospitalizações por Influenza A em estados das regiões Norte (Amazonas, Pará e Tocantins), Nordeste (Bahia, Piauí e Ceará) e no Sul, em Santa Catarina. No Sudeste, a tendência é de redução gradual das internações associadas ao vírus.

Apesar da identificação do subclado K, o Ministério da Saúde afirma que não há evidências, até o momento, de que essas variantes estejam associadas a quadros mais graves da doença. O padrão observado segue o comportamento esperado da Influenza A sazonal, especialmente do subtipo H3N2, já conhecido por causar surtos periódicos.

No documento, a pasta reforça a importância da vacinação contra a gripe, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades, como principal medida para reduzir casos graves, internações e óbitos por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) durante o período de maior circulação viral.

(Foto: Reprodução)

Alerta da Opas e da OMS sobre a gripe K

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram que a temporada de gripe nas Américas pode começar mais cedo em 2026 e ter maior impacto, após o aumento recente da circulação global do vírus influenza.

O alerta está baseado em dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam crescimento da atividade global de influenza nos últimos meses, com predominância do vírus influenza A (H3N2).

Embora, em termos gerais, a circulação ainda esteja dentro do esperado para uma temporada sazonal, alguns países registraram início mais precoce da gripe e níveis de atividade acima do padrão histórico para esta época do ano.

Diante disso, a Opas e a OMS emitiram notas técnicas e alertas epidemiológicos recomendando o reforço da vigilância, a preparação dos sistemas de saúde e o aumento da cobertura vacinal, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.

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