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Quase 1,3 milhão seguem sem energia na Grande SP após ventos de 100 km/h

Enel não tem prazo para restabelecer o serviço; falta de luz afeta água, trânsito, internet e aeroportos.

12/12/2025 às 08h28
Por: Amanda Lafayette Fonte: CBN
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Foto: Reprodução/ Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/ Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

Um dia depois das rajadas de vento que chegaram a quase 100 km/h, a Grande São Paulo ainda enfrenta fortes consequências. Quase 1,3 milhão de clientes da Enel continuam sem energia, número que já passou de 2,5 milhões desde quarta-feira (10).

Ao todo, 24 cidades foram afetadas. A capital lidera, com cerca de 880 mil pessoas sem luz. Em Embu-Guaçu, 67% dos moradores estão sem energia, e em Juquitiba, 60%.

A Enel ainda não tem previsão para normalizar o serviço. Segundo a empresa, em vários locais será preciso reconstruir totalmente a rede, trocando postes, transformadores e longos trechos de cabos. A concessionária diz que o vendaval durou mais do que eventos climáticos anteriores e surpreendeu as equipes.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu cinco dias para a Enel explicar o apagão e apresentar detalhes técnicos sobre o que aconteceu, além de comprovar se tem estrutura adequada para atender a área de concessão.

A queda de energia se agravou com centenas de árvores caídas. O Corpo de Bombeiros recebeu 261 chamados até quinta-feira à tarde; no dia anterior, foram 1.642.

 (Foto: Reprodução/ Henrique Shazam/Ouvinte CBN)

O trânsito também sofreu impacto: a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)  registrou 259 semáforos apagados por falta de energia.

As operadoras de telefonia informaram que ainda pode haver instabilidade na internet e no sinal de celular, já que as antenas dependem da energia e das áreas liberadas pelas equipes.

Em nota, a Conexis Brasil Digital — que reúne Claro, TIM, Vivo e Oi — informou que a queda de árvores, o rompimento de estruturas e o prolongado desabastecimento de energia dificultam o funcionamento das redes. Segundo a entidade, equipes seguem em campo para restabelecer os serviços, mas a normalização depende da liberação das áreas afetadas e da religação da energia pela concessionária.

O abastecimento de água foi afetado porque as bombas da Sabesp não funcionam sem eletricidade. Bairros como Americanópolis, Cangaíba, Parelheiros, Parque do Carmo e Vila Formosa estão entre os mais atingidos. Na Grande São Paulo, cidades como Guarulhos, Itapecerica da Serra, Mauá e Santa Isabel também enfrentam problemas.

Nos aeroportos, ao menos 417 voos foram cancelados em Congonhas e Guarulhos entre quarta (10) e quinta (11). Viracopos também registrou interrupções, mas manteve as operações de pousos e decolagens. O efeito em cascata atingiu aeroportos de outras capitais, como Rio, Brasília e Belo Horizonte.

A situação segue em avaliação, e equipes continuam trabalhando para restabelecer os serviços em toda a região metropolitana.

(Foto: Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil)

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