
Um dia depois das rajadas de vento que chegaram a quase 100 km/h, a Grande São Paulo ainda enfrenta fortes consequências. Quase 1,3 milhão de clientes da Enel continuam sem energia, número que já passou de 2,5 milhões desde quarta-feira (10).
Ao todo, 24 cidades foram afetadas. A capital lidera, com cerca de 880 mil pessoas sem luz. Em Embu-Guaçu, 67% dos moradores estão sem energia, e em Juquitiba, 60%.
A Enel ainda não tem previsão para normalizar o serviço. Segundo a empresa, em vários locais será preciso reconstruir totalmente a rede, trocando postes, transformadores e longos trechos de cabos. A concessionária diz que o vendaval durou mais do que eventos climáticos anteriores e surpreendeu as equipes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu cinco dias para a Enel explicar o apagão e apresentar detalhes técnicos sobre o que aconteceu, além de comprovar se tem estrutura adequada para atender a área de concessão.
A queda de energia se agravou com centenas de árvores caídas. O Corpo de Bombeiros recebeu 261 chamados até quinta-feira à tarde; no dia anterior, foram 1.642.
(Foto: Reprodução/ Henrique Shazam/Ouvinte CBN)
O trânsito também sofreu impacto: a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 259 semáforos apagados por falta de energia.
As operadoras de telefonia informaram que ainda pode haver instabilidade na internet e no sinal de celular, já que as antenas dependem da energia e das áreas liberadas pelas equipes.
Em nota, a Conexis Brasil Digital — que reúne Claro, TIM, Vivo e Oi — informou que a queda de árvores, o rompimento de estruturas e o prolongado desabastecimento de energia dificultam o funcionamento das redes. Segundo a entidade, equipes seguem em campo para restabelecer os serviços, mas a normalização depende da liberação das áreas afetadas e da religação da energia pela concessionária.
O abastecimento de água foi afetado porque as bombas da Sabesp não funcionam sem eletricidade. Bairros como Americanópolis, Cangaíba, Parelheiros, Parque do Carmo e Vila Formosa estão entre os mais atingidos. Na Grande São Paulo, cidades como Guarulhos, Itapecerica da Serra, Mauá e Santa Isabel também enfrentam problemas.
Nos aeroportos, ao menos 417 voos foram cancelados em Congonhas e Guarulhos entre quarta (10) e quinta (11). Viracopos também registrou interrupções, mas manteve as operações de pousos e decolagens. O efeito em cascata atingiu aeroportos de outras capitais, como Rio, Brasília e Belo Horizonte.
A situação segue em avaliação, e equipes continuam trabalhando para restabelecer os serviços em toda a região metropolitana.
(Foto: Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil)
São Luis Aeroporto de São Luís prevê aumento de 26% no fluxo de passageiros no fim de ano
Polícia Federal Operação da PF mira grupo criminoso que alicia idosos para sacar dinheiro do INSS no MA
Transporte Falta de pagamento pode deixar a Grande São Luís sem ônibus a partir de sexta-feira (12) Mín. 24° Máx. 37°