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Maranhão na COP30 - Universidades e rede pública de ensino do estado apresentam contribuições para enfrentamento à crise climática

Gestão estadual participou de encontro com representantes da região amazônica para discutir os avanços da educação profissional voltada à sustentab...

15/11/2025 às 17h36
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Maranhão
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- Gestão estadual participou de encontro com representantes da região amazônica (Foto: Divulgação)
- Gestão estadual participou de encontro com representantes da região amazônica (Foto: Divulgação)

A primeira semana da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) promoveu diversos debates com propósito de discutir as mudanças climáticas e apresentar estratégias para reduzir o aquecimento global. Em diálogos nas zonas Azul e Verde da conferência, um dos destaques foi a pauta voltada para a educação ambiental e suas contribuições para enfrentar as mudanças no clima.

O governo do Maranhão participou de dois painéis: um intermediado pela secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc) e outro com a presença de reitores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul). Em cada um dos eventos foram apresentadas alternativas para reduzir o aquecimento global, a partir dos estudos realizados nas universidades.

Representantes da Uema, Uemasul, Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS), além do  vice-ministro das Relações Exteriores do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev, participaram do painel “Contribuição das Universidades no Enfrentamento da Crise Climática e no Desenvolvimento Sustentável”.

Durante a mesa, o reitor da Uema, Walter Canales, apresentou ações, pesquisas e programas desenvolvidos pela universidade estadual voltados ao meio ambiente, às mudanças climáticas, à educação ambiental, à conservação da biodiversidade e ao fortalecimento da ciência na Amazônia Legal.

“Estamos aqui com as universidades para mostrar o que está sendo feito para combater as mudanças climáticas, para atuar na sustentabilidade em termos de programas, projetos especiais, cursos e pesquisas”, afirmou.

A reitora da Uemasul, Luciléa Gonçalves, enfatizou as ações promovidas pela universidade junto às comunidades indígenas “A Uemasul desenvolve ações importantes nas comunidades indígenas, principalmente em Amarante e Montes Altos. Isso inclui espaços de ensino por meio do curso de Medicina, com disciplinas específicas voltadas para as necessidades dessas comunidades. Além disso, oferecemos bolsas permanência para apoiar os alunos indígenas e permitir que eles permaneçam na universidade. Também realizamos atividades relacionadas a temas específicos, para que esses alunos sejam protagonistas das ações da universidade”.

Bioeconomia e desafios da educação profissional

Em outra frente, uma mesa redonda promovida pela Seduc em parceria com o Ministério da Educação (MEC) discutiu os impactos, desafios e perspectivas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Bioeconomia na Amazônia Legal, com destaque para as experiências desenvolvidas nos estados do Maranhão, Pará e Amazonas. O debate buscou compreender como a educação profissional contribui para o fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis, a geração de emprego e renda, e a valorização dos saberes e recursos locais.

O secretário adjunto de Educação Profissional e Integral da Seduc, Delmar Matias, representou o Maranhão na discussão promovida pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), realizada no auditório da UNAMAZ.

“O governo do Maranhão apresentou sua experiência em educação profissional e tecnológica voltada para cursos na área da bioeconomia. São cursos que, em todos os seus componentes curriculares, abordam o empreendedorismo e também os saberes tradicionais do nosso povo”, ressaltou.

O governo destacou os resultados positivos alcançados pelo Maranhão nos dois primeiros ciclos do programa, que já beneficiou mais de 3 mil pessoas com 119 turmas ofertadas em diversas regiões do estado. Ao longo do debate, os participantes também ressaltaram o potencial estratégico da bioeconomia como um dos principais caminhos para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, especialmente quando associada à oferta de qualificação profissional.

A iniciativa contribui para gerar emprego e renda, fortalecer economias locais e promover o uso responsável dos recursos naturais, consolidando a educação profissional como vetor fundamental de inclusão produtiva e sustentabilidade na região amazônica.

“Nós estamos aqui com uma política nacional aprovada de educação profissional e tecnológica. O Maranhão é um grande exemplo dessa sinergia, onde conseguimos ampliar as possibilidades para os brasileiros por meio da qualificação profissional e dos cursos técnicos. Nós estamos falando em emprego, renda e melhoria da qualidade de vida”, afirmou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec), Marcelo Bregagnoli.

Produção de combustível e redução de combustível sólido

Ainda como parte da programação da COP30, o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) de Tutóia, desenvolveu o projeto de combustível sólido em alto rendimento com cascas de coco e serragem.

A iniciativa surgiu da necessidade de reduzir o descarte indevido de casas de coco, que são abundantes na região turística de Tutóia. O projeto destaca o protagonismo juvenil na busca de soluções sustentáveis e econômicas, promovendo renda, reciclagem de resíduos e educação ambiental.

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