
A Polícia Militar do Piauí (PMPI), por meio da 1ª Companhia Independente de Policiamento Ambiental (1ª Cipa), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal, encerrou, nesta semana, a Operação Biodiversidade Caatingueira I, realizada entre 28 de agosto e 15 de setembro. A força-tarefa percorreu 20 municípios do sul do estado, com foco no combate a crimes ambientais e reforço à proteção das unidades de conservação da caatinga piauiense.
A operação teve como área de atuação três importantes unidades de conservação federais, o Parque Nacional da Serra da Capivara, o Parque Nacional da Serra das Confusões e a Estação Ecológica de Uruçuí-Una, além do Corredor Ecológico Capivara-Confusões, totalizando mais de 1,3 milhão de hectares de área fiscalizada. Durante a operação, foram apreendidas 38 armas de fogo, sendo 11 de fabricação industrial, 26 artesanais e um revólver calibre 38. Também foram confiscados 305 munições de diversos calibres, materiais de caça, ferramentas utilizadas em atividades ilegais e 150 objetos no total, incluindo 81 armadilhas, 4 motosserras, 24 apitos de caça e 10 redes de dormir.

Entre os animais silvestres resgatados ou apreendidos estavam: 2 tatus-bola vivos, 6 tatus-galinha vivos, 4 tatus-galinha abatidos, 1 tatu-peba abatido, 4 jacus, 2 cutias e 3 inhambus abatidos e 1 ave zabelê abatida, espécie ameaçada.

No total, 23 animais silvestres foram retirados de situações de caça predatória, além do recolhimento de 12 cães de caça, que foram castrados e doados a ONGs de proteção animal em São Raimundo Nonato.
O valor estimado dos bens apreendidos ultrapassa R$ 89 mil, enquanto as multas aplicadas somaram R$ 112.803,33, conforme previsto na legislação ambiental vigente. Um dos caçadores foi multado em R$ 13 mil por abater espécies ameaçadas dentro do Parque Nacional da Serra das Confusões. As penalidades administrativas foram aplicadas pelo ICMBio.

Armas de fogo industriais foram entregues à Polícia Federal e armamentos artesanais foram destruídos no local, seguindo o protocolo ambiental. Nenhum termo circunstanciado de ocorrência (TCO) foi lavrado durante o período.

Atuação conjunta e patrulhamento estratégico
O efetivo da 1ª Cipa foi composto por sete policiais que atuaram com patrulhamento rural e permanência em áreas de mata, além de abordagens a 350 pessoas, 120 motocicletas e 85 veículos automotores. Sete motocicletas foram removidas por irregularidades.
“O objetivo da operação foi coibir ações ilegais que ameaçam a biodiversidade da caatinga e garantir a presença do Estado em regiões vulneráveis, protegendo nosso patrimônio natural e cultural”, destacou o comandante da 1ª Cipa, capitão Odair.

Ações integradas para proteger a Caatinga
A “Operação Biodiversidade Caatingueira I” reforça o papel das forças de segurança e órgãos ambientais na preservação da fauna e da flora do semiárido brasileiro, além de coibir práticas predatórias como a caça, o desmatamento e a ocupação irregular em áreas protegidas.
Todo o material apreendido foi destinado às instituições competentes, Polícia Federal, ICMBio ou Polícia Civil, conforme a natureza dos itens e a logística disponível em cada localidade.

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