De acordo com projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o comércio eletrônico nacional deve alcançar um faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025. A projeção indica um crescimento de cerca de 10% em comparação ao ano anterior, reforçando a tendência de expansão observada desde a intensificação da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19.
Eduardo Esparza, VP General Manager da Tenerity Ibéria e Brasil comenta: “Os números mostram como o e-commerce já se consolidou como uma parte essencial do varejo brasileiro. A integração de estratégias inovadoras, como a personalização da experiência do cliente e a implementação de programas de benefícios, tem contribuído para o crescimento do setor”.
Pix e redes sociais se consolidam como vetores de transformação no comércio digital
A consolidação do Pix como meio de pagamento tem se destacado como um dos principais fatores que influenciam o comércio digital. Dados da pesquisa “Pagamentos em Transformação: Do dinheiro ao Código”, realizada pelo Google, indicam que, em 2024, o Pix foi responsável por 47% do volume total de transações no país, superando o cartão de crédito (34%) e outros métodos (18%).
A adoção do Pix tem sido impulsionada por características como a aprovação instantânea das transações, ausência de tarifas para o consumidor e altos níveis de segurança operacional.
Plataformas digitais como Instagram e TikTok têm desempenhado um papel estratégico no ambiente de vendas on-line, atuando como vitrines virtuais capazes de influenciar diretamente o comportamento do consumidor. Segundo o relatório “Estado do Marketing de Influência no Brasil 2025” da HypeAuditor, o Brasil já ultrapassou países como EUA e Índia e se tornou o país com mais influenciadores ativos, com 3,8 milhões de criadores, o que representa 15% do total global.
Planejamento e infraestrutura digital tornam-se determinantes para o sucesso no e-commerce
Apesar da expansão do setor, a criação de um site de vendas ainda apresenta desafios importantes, de acordo com Fernando Carvalho, especialista em SEO e estratégias digitais na HostGator. “A escolha da tecnologia adequada, o registro de domínio, a integração com meios de pagamento e a definição de estratégias logísticas são etapas fundamentais para a construção de uma operação digital eficiente. Com o aumento das compras realizadas por dispositivos móveis, o desenvolvimento de sites responsivos passou a ser um requisito essencial para manter a competitividade no ambiente digital.”
Aspectos como reputação da empresa, qualidade no atendimento, política de trocas e devoluções, além do uso de ferramentas analíticas para compreensão do comportamento do usuário, também são citados pelo especialista para atingir conversão e fidelização no ambiente digital.
Projeções indicam continuidade do crescimento no comércio eletrônico
Essas estimativas divulgadas pela ABComm apontam para a necessidade de constante adaptação às transformações do mercado digital. O relatório projeta um aumento de 5% no volume de pedidos, totalizando 435 milhões de compras on-line em 2025. O avanço de tecnologias emergentes, a ampliação do acesso à internet e a mudança nos hábitos de consumo devem ampliar ainda mais o papel do comércio eletrônico na economia brasileira.
A entrada no setor exige entendimento aprofundado sobre as transformações tecnológicas e comportamentais em andamento. A presença digital, por si só, já não é suficiente, sendo necessário o uso eficiente de recursos tecnológicos para competir no mercado. Na avaliação do especialista Fernando Carvalho, “o e-commerce tende a crescer à medida que negócios conseguirem combinar tecnologia, estratégia e leitura constante do comportamento do consumidor”.
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