O entardecer do sul do Piauí foi palco, nesta terça-feira (22), de um reencontro com a liberdade. Dez animais silvestres, entre eles uma raposa-do-campo, espécie ameaçada de extinção, foram devolvidos à natureza no Parque Estadual do Rangel, em Curimatá. A ação foi promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), e marca mais um capítulo de esperança e cuidado com a vida animal.
A raposa, símbolo desta soltura, foi resgatada debilitada e passou meses sob cuidados intensivos no Cetas. Agora, recuperada, volta ao seu habitat com um novo fôlego de vida. Além dela, aves e jabutis também serão soltos, em um local especialmente escolhido por oferecer segurança, alimento e tranquilidade para o processo de readaptação à natureza.
O Cetas tem alcançado um dos melhores índices do país: 70% dos animais reabilitados conseguem retornar à vida livre, com sucesso. Só este ano, quase 100 animais já foram devolvidos ao seu ambiente natural, todos vítimas do tráfico, maus-tratos ou resgatados feridos.
Para o secretário do Meio Ambiente, Feliphe Araújo, ações como essa mostram o compromisso do Governo do Estado com a proteção da fauna. “Cada animal que voltamos à natureza carrega uma história de dor, mas também de superação. A equipe do Cetas trata cada vida com carinho, respeito e responsabilidade. Essa raposa-do-campo, por exemplo, representa um esforço coletivo para que a liberdade volte a ser realidade. Nosso dever é cuidar, proteger e devolver esperança a esses seres que não têm voz, mas têm todo o direito de viver em paz”, declarou o gestor.
O momento da soltura é sempre emocionante: um olhar desconfiado antes do primeiro passo rumo à mata, o silêncio atento dos técnicos, e, em seguida, o som da natureza acolhendo seus filhos de volta. É quando o trabalho árduo dos profissionais se transforma em liberdade, e a natureza ganha mais uma chance de se reequilibrar.
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