As máquinas já trabalham a todo vapor em Parnaíba, no litoral do Piauí, onde teve início a construção de um dos empreendimentos mais ambiciosos da história do estado — e do mundo. Trata-se da futura maior usina de hidrogênio verde do planeta, um projeto liderado pela empresa Solatio e que promete revolucionar a matriz energética global a partir do solo piauiense.
Instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, a usina ocupará um terreno de 154 hectares, cuja preparação está em andamento. A primeira fase, de limpeza e terraplanagem, deve durar entre seis e sete meses. Apesar do tempo aparentemente longo, trata-se de um processo crucial para um projeto de tamanha magnitude e complexidade.
Com investimento estimado em R$ 29,3 bilhões ao longo dos próximos anos, o empreendimento tem como objetivo produzir hidrogênio verde e amônia — combustíveis limpos e considerados essenciais para o futuro energético do planeta. O impacto previsto vai além da economia: é uma transformação social, educacional e tecnológica que se desenha no horizonte do estado.
“Estamos diante de um marco para o Piauí e para o Brasil”, declarou o governador Rafael Fonteles durante sua participação na Brazil Energy Conference, em Teresina. “Este projeto vai gerar empregos qualificados, atrair investimentos internacionais e posicionar o Piauí como referência mundial em energia sustentável.”
A expectativa é que, no médio e longo prazo, o complexo movimente toda uma cadeia produtiva, exigindo mão de obra especializada em engenharia, tecnologia, logística, transporte e ciência. A juventude que hoje está na escola será diretamente beneficiada, desde que encontre apoio e incentivo à formação técnica e superior.
O presidente da Solatio, Pedro Vaquer, destacou a importância histórica do momento: “Esse é mais do que um projeto. É a concretização de uma visão. Já conquistamos o interesse de investidores globais e o mundo está de olho no que o Piauí está fazendo.”
A usina em Parnaíba não é apenas uma construção — é um símbolo de que o futuro sustentável pode, sim, começar onde menos se espera, mas onde mais se precisa. E, para o Piauí, o futuro começou agora.
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