
Segundo dados da retrospectiva de milho do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Brasil, a produção de milho registrou queda em 2024, impactada por condições climáticas adversas que reduziram a produtividade. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a colheita totalizou 115,7 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,3% em relação à safra 2022/23. O excedente de milho no país também sofreu forte redução, somando 40,42 milhões de toneladas, queda de 19% em comparação ao ciclo anterior e o volume mais baixo desde 2021/22. Com a menor oferta, as exportações brasileiras foram diretamente impactadas, registrando retração ao longo do ano.
As cotações do milho tiveram um primeiro semestre pressionado por diversos fatores, incluindo a colheita da safra de verão e o bom desenvolvimento da segunda safra, além de projeções de produção mundial recorde. Esse cenário levou os preços ao menor patamar do ano em julho, refletindo a expectativa de safra volumosa no mercado internacional.
Exportadores enfrentaram dificuldades com a lentidão nas negociações no primeiro semestre, já que compradores adotaram postura cautelosa, aguardando desvalorizações mais acentuadas com o avanço da colheita. Entre agosto e novembro, no entanto, os preços reagiram devido à menor disponibilidade interna e às preocupações geradas pelo clima quente e seco, que comprometeu a expectativa para o plantio da safra de verão e da segunda safra de 2025.
A retomada das chuvas a partir da segunda quinzena de outubro amenizou os receios, garantindo melhores condições para a semeadura da safra de verão e dissipando parte das incertezas sobre a próxima temporada. Com preços mais baixos e oferta limitada, 2024 marcou o terceiro ano consecutivo de queda nos valores nominais do milho.
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