A banana é uma das frutas mais cultivadas no Brasil, com destaque para os polos de produção localizados no Nordeste e Sudeste, onde predominam micro e pequenos produtores. A cultura é de grande relevância econômica e social, ocupando o segundo lugar em valor de produção no país, atrás apenas da laranja. Além disso, a banana figura como a principal cultura dentro da área de atuação do Banco do Nordeste (BNB), estando presente em todos os estados da Região Nordeste. Os maiores polos de produção dentro dessa área de atuação estão situados em municípios da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Ceará.
Um aspecto importante no cultivo da banana, especialmente nas regiões mais secas do Semiárido, é a utilização de irrigação. Com exceção de algumas áreas mais úmidas, como a Zona da Mata de Pernambuco e o Sul da Bahia, as principais regiões produtoras de banana do Nordeste estão localizadas em projetos públicos de irrigação, implementados em áreas do Semiárido. Esses projetos são fundamentais para garantir a produção da fruta em regiões com escassez hídrica, utilizando técnicas de irrigação de alto nível tecnológico que permitem a adaptação das culturas às condições climáticas adversas.
Entretanto, o setor enfrenta uma série de desafios, como os preços sazonais, que dependem da oferta e demanda, e as condições climáticas cada vez mais imprevisíveis, com a ocorrência de eventos climáticos extremos que podem prejudicar a produção. Além disso, as pragas e doenças representam um risco constante para a cultura, exigindo o monitoramento contínuo e a aplicação de técnicas adequadas para garantir a produtividade e a qualidade da banana produzida.
O uso da irrigação, portanto, é uma das principais estratégias para superar as adversidades climáticas e garantir a sustentabilidade da produção de banana no Brasil, especialmente nas regiões do Semiárido, onde a tecnologia tem se mostrado uma aliada crucial no enfrentamento das dificuldades impostas pelo clima.
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