A busca por práticas agrícolas sustentáveis tem levado agricultores a adotarem métodos inovadores para melhorar a qualidade do solo e reduzir custos de produção. Entre as estratégias, destaca-se o uso de adubos verdes e a produção própria de sementes adaptadas às condições locais.
Ao final do ciclo de cultivo, especialistas recomendam que todo o material vegetal gerado seja roçado e deixado sobre o solo como cobertura morta ou levemente incorporado na camada superficial (entre 2 cm e 5 cm). A prática, válida tanto para cultivos individuais quanto para coquetéis de adubos verdes, ajuda a conservar a umidade, reduzir a erosão e enriquecer o solo de forma gradual.
Caso seja necessário liberar nutrientes de maneira mais rápida, a aplicação de biofertilizantes líquidos sobre a palhada pode ser uma solução eficiente. Esse processo estimula os microrganismos do solo e acelera a decomposição, garantindo maior disponibilidade de nutrientes para o próximo cultivo.
A utilização de sementes híbridas no cultivo de tomates tem trazido desafios ao agricultor orgânico, especialmente devido ao custo crescente e à necessidade de adaptação constante a novas cultivares. Apesar de oferecer resistência a doenças como os nematoides, o rápido lançamento de novos híbridos no mercado pressiona produtores a adquirir sementes mais caras e a enfrentar ciclos contínuos de aprendizado sobre manejo e nutrição.
Como alternativa, técnicos em agroecologia incentivam os agricultores a investirem na produção de suas próprias sementes. Essa prática promove a independência de insumos externos e permite a seleção de cultivares adaptadas aos microclimas regionais, o que pode impactar positivamente a produtividade e a economia da propriedade. Para o cultivo de minitomates orgânicos, por exemplo, híbridos disponíveis no mercado oferecem produções que variam de cinco até mais de 24 frutos por cacho. No entanto, somente a experimentação local pode determinar qual cultivar é mais adequada para cada manejo e ambiente de produção.
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