O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou que as importações brasileiras de lácteos atingiram 2,09 bilhões de litros entre janeiro e novembro de 2024, maior volume registrado desde o início da série histórica em 1997, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Paralelamente, as exportações de lácteos cresceram 21,04% no mesmo período, totalizando 73,69 milhões de litros.
Como consequência desse desequilíbrio entre importações e exportações, a balança comercial de lácteos do Brasil encerrou o período com um déficit de US$ 893,38 milhões, o segundo maior da história, ficando atrás apenas de 2023.
No mercado mato-grossense, o preço médio do leite pago ao produtor foi de R$ 2,15 por litro entre janeiro e outubro de 2024, uma redução de 0,22% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da recuperação gradual observada desde o segundo semestre de 2023, os valores no primeiro semestre de 2024 ainda não alcançaram os patamares registrados no mesmo período de 2023.
A retração nos preços foi, em parte, compensada pela queda nos custos de produção, que ajudou a mitigar os impactos sobre a margem dos produtores. O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (ILC) no estado acumulou 154,99 pontos entre janeiro e novembro de 2024, representando uma redução de 4,77% em relação ao ano anterior. Essa queda foi impulsionada principalmente pela diminuição dos custos com alimentação concentrada, volumosa e suplementação mineral.
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