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Sem predadores naturais, capivaras se multiplicam, destroem plantações e viram dor de cabeça no Ceará

Em alguns casos, agricultores desistiram de plantar a passaram a depender da renda de programas sociais.

09/12/2024 às 08h41
Por: Helorrany Rodrigues Fonte: A Voz de Santa Quitéria
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Sem predadores naturais, capivaras se multiplicam, destroem plantações e viram dor de cabeça no Ceará

Na zona rural de Maranguape, no Ceará, agricultores enfrentam uma dificuldade crescente. Há alguns anos, capivaras começaram a aparecer no local e, desde então, a população desses animais só aumenta.

O problema é que as capivaras têm destruído plantações, deixando muitos produtores rurais sem renda. Órgãos ambientais buscam soluções para preservar a espécie sem prejudicar a economia local. Em algumas situações, agricultores perderam as condições de plantar.

A região, localizada aos pés da serra, é banhada por pelo menos cinco grandes açudes. Às margens desses reservatórios, é comum ver dezenas de capivaras reunidas. João Araújo do Nascimento, agricultor que vive na área há mais de 50 anos, conta que viu o animal pela primeira vez há cerca de cinco anos.

"No início, deixávamos os bichinhos comerem e achávamos bonito, pois só víamos capivaras na televisão ou no zoológico. Mas hoje, não sabemos de onde apareceu tanta capivara," relatou.

João faz parte das 1.800 famílias de produtores rurais do município que sofreram prejuízos. Ele produzia milho e feijão, mas desistiu após perder a plantação para os animais. Atualmente, sobrevive com auxílios do governo e ajuda familiar.

A ausência de predadores naturais contribuiu para o crescimento descontrolado das capivaras. Cada fêmea pode gerar de um a oito filhotes por gestação. Em menos de três anos, a reprodução acelerada transformou o ecossistema local. As capivaras agora ocupam cerca de 200 hectares, cercando plantações e reservatórios de água.

A caça da capivara e de animais silvestres é ilegal, e a pena pode chegar a um ano de prisão.

Além do impacto econômico, há preocupação com a saúde pública, já que as capivaras são hospedeiras do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Até o momento, não há registros da doença em Maranguape. A prefeitura, o estado e o IBAMA discutem estratégias para o problema, mas ainda não chegaram a uma solução definitiva.

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Helorrany
Sobre Helorrany Rodrigues é formada em Rádio e TV pela Comrádio do Brasil, cursou superior Jornalismo (incompleto) e técnica em Gestão Empresarial. Começou sua carreia aos 16 anos. É apresentadora do Jornal Verdes Campos Sat 1ª Edição, na Rede de Rádio Verdes Campos Sat e editora do Portal Verdes Campos. É natural de Curralinhos-PI e os 14 anos idade veio morar em Teresina. Em Teresina, estudou começou a trabalhar e continua com sua história profissional e pessoal.
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