Durante dois anos, um idoso de 71 anos transferiu cerca de R$ 2 milhões para a conta de uma associação criminosa especializada no chamado “golpe do amor”. A vítima, que mora em Jari, na região noroeste do Rio Grande do Sul, acreditava namorar virtualmente com uma investidora norte-americana, que viajaria até o Brasil para conhecê-lo pessoalmente.
A Polícia Civil gaúcha (PCRS) deflagrou uma operação interestadual para desarticular o grupo criminoso que embolsou a quantia milionária da vítima.
A quadrilha usava o falso perfil para prometer enviar presentes, como joias, com a contrapartida de que a vítima, entre 2022 e 2023, depositasse valores referentes a impostos de encomendas internacionais, taxas de alfândega, entre outros tributos.
Os policiais civis prenderam seis pessoas no estado de São Paulo – em Santo André, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e Osasco –, durante operação liderada pela Delegacia de Polícia de Tupanciretã (RS), que contou com apoio de agentes de SP e do Ceará. Outros sete possíveis envolvidos no golpe estão foragidos.
Também foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos como celulares, notebooks e cartões bancários. A polícia ainda bloqueou bens e valores em contas bancárias dos criminosos.
Após dois anos e devido ao alto valor total transferido, o idoso percebeu que era vítima de estelionato e registrou ocorrência.
A partir da denúncia, a PCRS deflagrou a Operação Dom Quixote, que identificou 13 suspeitos envolvidos na fraude. O caso é investigado como estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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