A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil apresentada na COP29, em Baku, Azerbaijão, estabelece uma meta de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) de até 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005. Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), a meta é um passo importante, mas o Brasil tem potencial para ser ainda mais ambicioso na diminuição de suas emissões, dada sua experiência e capacidade de ação.
André Guimarães, diretor executivo do IPAM, destaca que a participação de toda a sociedade é fundamental para o cumprimento da NDC. Ele enfatiza que, para ser plenamente implementada, a meta precisa da colaboração do setor privado, ciência, academia e dos governos subnacionais. Somente com essa união será possível garantir o sucesso da meta, podendo até torná-la mais ambiciosa.
O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de GEE (SEEG) aponta que o Brasil emitiu, entre 2005 e 2012, cerca de 16,6 bilhões de toneladas brutas de GEE. A redução das emissões líquidas proposta para 2035 representa um grande desafio, mas o país possui as condições necessárias para alcançá-lo.
“A NDC apresentada vai na direção certa da redução de emissões do nosso país. É importante ainda dizer que a NDC apresentada hoje na COP 29 é de toda a sociedade brasileira. E, por isto, para ser integralmente cumprida, necessita da união de todos. Setor privado, ciência, academia e os governos subnacionais. Só assim será possível garantir o cumprimento da nossa NDC e, se possível, torná-la ainda mais ambiciosa”, afirma André Guimarães, diretor executivo do IPAM.
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