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Pacientes com transtorno mental recebem orientação nutricional em ambulatório especializado

Os pacientes atendidos pelo Serviço Ambulatorial do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), unidade da Secretária da Saúde do Ceará (...

05/12/2023 às 14h08
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

Os pacientes atendidos pelo Serviço Ambulatorial do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), unidade da Secretária da Saúde do Ceará (Sesa), contam com um diferencial, além dos atendimentos psiquiátricos e psicológicos, eles recebem também orientação nutricional. “A prática clínica é realizada de forma mais holística e integrativa, humana e inclusiva”, explica nutricionista clínica e comportamental da unidade, Ticihana Oliveira.

O Ambulatório de Nutrição do HSM realiza uma abordagem clínica que vem ajudando os pacientes a construírem hábitos de vida mais saudáveis. Todos os tipos de transtornos mentais podem se beneficiar com o acompanhamento nutricional e as demandas individuais definem quais pacientes exigem mais atenção, independente do tipo da doença.

A nutricionista Ticihana Oliveira explica que a abordagem faz parte da nutrição clínica e defende um olhar biopsicossocial do paciente. “Nessa abordagem o ser humano é mais importante que o corpo humano, a comida é mais valorizada do que apenas o nutriente e a atuação do nutricionista ajuda as pessoas a serem verdadeiramente mais saudáveis, não só do ponto de vista biológico, mas também socialmente, emocionalmente e culturalmente”, afirma.

Para serem atendidos no ambulatório de nutrição, os pacientes precisam de encaminhamento dos profissionais de saúde que os acompanham em outras especialidades do hospital. “Normalmente, atendemos pacientes que já são acompanhados no serviço ambulatorial do HSM”, frisa.

Alimentação e saúde mental

Atualmente, vários estudos apontam que uma alimentação e hábitos de vida saudáveis podem modular os efeitos de um transtorno alimentar. “Por outro lado, um padrão alimentar considerado inflamatório, com alto consumo de açúcar, gordura saturada e alimentos ultraprocessados combinados com uma ingestão reduzida de frutas e verduras pode causar piora nos sintomas”, diz Ticihana.

Além disso, alguns nutrientes vêm sendo apontados como neuroprotetores. Assim, tanto a deficiência destes pode contribuir para piora do quadro, como a suplementação (caso necessário) pode auxiliar na melhora.

Outro ponto importante são as demandas comportamentais. “Muitos pacientes apresentam atitudes alimentares disfuncionais, seja na desorganização da rotina alimentar, exageros e compulsão alimentar, comer emocional, falta de apetite ou outra demanda, o que aumenta a necessidade de um acompanhamento mais próximo, utilizando teorias e técnicas defendidas pela nutrição comportamental. Chamamos isso de terapia nutricional e aqui no HSM trabalhamos essa relação do paciente com a comida”, esclarece.

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