O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade que integra a rede de saúde do Governo do Estado, vai ser a primeira unidade de saúde da Paraíba a receber o projeto Pulsando Vidas, iniciativa que visa melhorar o diagnóstico rápido de cardiopatias congênitas em pacientes prematuros e a termo. O projeto é desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre - RS), em parceria com o Ministério da Saúde, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que busca, por meio do desenvolvimento de projetos assistenciais, de pesquisa, capacitação e apoio à gestão, aprimorar o SUS em parceria com hospitais de excelência.
Na tarde dessa terça-feira (21), equipes do Hospital Moinhos de Vento, do Hospital Metropolitano e da Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), que gerencia a unidade hospitalar paraibana, participaram de uma reunião por meio de videoconferência, na qual o projeto foi apresentado. A expectativa é de que ele seja implantado no próximo mês de dezembro.
“A reunião de hoje foi para apresentar o projeto, de forma geral, para a direção da PB Saúde e do Hospital Metropolitano, além da equipe multi que vai atuar diretamente com os pacientes. Nós já assinamos o contrato para a realização do Pulsando Vidas e faltam apenas os trâmites finais para ele começar a funcionar”, explica Ilara Nóbrega, diretora de Atenção à Saúde da PB Saúde.
De acordo com o médico Fabrício Leite, hemodinamicista e responsável pela Cardiologia Intervencionista em Cardiopatias Congênitas do Hospital Metropolitano, uma boa parte dos procedimentos previstos por meio do projeto Pulsando Vidas, assim como a triagem para o diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas, já é realizada no Hospital, mas por meio da parceria com o Moinhos de Vento alguns materiais mais específicos para tratamentos mais complexos vão ser disponibilizados, melhorando o cuidado com os pacientes paraibanos.
“Por meio do Pulsando Vidas, vamos ter a possibilidade de receber, inclusive, materiais que ainda não estão disponíveis no SUS, a exemplo da prótese de fechamento de canal arterial de prematuros. Isso porque um dos objetivos do projeto também é avaliar o custo e a efetividade destes novos procedimentos e materiais para analisar a possível incorporação desta tecnologia no SUS”, contou.
Quando estiver em pleno funcionamento, o protocolo para diagnóstico e indicação de tratamento vai ser feito de forma conjunta, não só pela equipe local, no Hospital Metropolitano, como também pela equipe do Moinhos de Vento, por meio de um CART de telemedicina, que é uma espécie de carrinho-robô utilizado em rounds clínicos de pacientes cardiológicos pediátricos das UTIs dos centros remotos vinculados ao projeto.
Por meio deste carrinho, especialistas do Moinho de Vento podem contribuir com avaliação, manejo, diagnóstico e tratamento remoto de cada paciente, juntamente à equipe local. O carrinho dispõe de sistema de áudio e câmera de alta definição, além de computador utilizado para se conectar ao prontuário eletrônico do paciente.
“Outra novidade que passaremos a adotar aqui na unidade, além deste CART, é a tele-educação, que vai uniformizar o conteúdo instrucional, por meio de uma plataforma online, para todas as pessoas envolvidas. Com isso, o conhecimento dos cuidados para estes pacientes, além dos procedimentos, serão unificados entre todas as unidades e equipes multi envolvidas, o que representa uma excelência na padronização de atendimento para pacientes com cardiopatias congênitas em todo o país”, completou Fabrício.
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