
O Banco Central (BC) lançou nesta segunda-feira (1º) o BC Protege+, uma nova ferramenta que permite a pessoas físicas e jurídicas bloquearem a abertura de contas bancárias sem autorização. A medida pretende aumentar a segurança e evitar fraudes envolvendo uso indevido de dados.
A funcionalidade impede que instituições financeiras abram contas em nome do usuário quando ele ativa o bloqueio. Além disso, informa ao Sistema Financeiro Nacional que o cidadão ou empresa não aceita ser incluído como titular ou representante em contas de terceiros.
"As instituições são obrigadas a fazer consulta para qualquer abertura [de conta] a partir de hoje. É um novo procedimento que os cidadãos precisam aprender", explicou Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do BC.
Segundo o Banco Central, até o início da tarde do lançamento, quase 8 mil pessoas já haviam ativado o recurso, que barrou 263 tentativas de abertura de contas.
"O BC Protege+ é uma das diversas ações que adotamos, no âmbito do Banco Central, para oferecer ferramentas ao cidadão e à cidadã para acompanhamento de sua vida financeira e também sua proteção", destacou Izabela Correa, diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC.
Para acessar o serviço, é necessário ter conta Gov.br nível prata ou ouro, com verificação em duas etapas habilitada. O BC Protege+ está disponível dentro da área logada do Meu BC, no site do Banco Central, seguindo o caminho: "Serviços > Cidadão > Meu BC". A proteção pode ser ativada ou desativada a qualquer momento.
A ferramenta se aplica a contas de depósitos à vista, poupança e contas de pagamento pré-pagas, incluindo a inclusão de titular ou representante. A regra vale para qualquer nova abertura, mesmo na mesma instituição onde o CPF ou CNPJ já tenha vínculo.
Quando houver tentativa de abertura de conta com o bloqueio ativo, o usuário será informado sobre qual instituição consultou seus dados.
"O relacionamento de um cidadão com uma instituição financeira geralmente começa com a abertura de uma conta. Pode ser que naquele mesmo momento você faça uma operação de crédito, um cartão de crédito, um crédito consignado, mas a conta está naquele pacote inicial. O êxito do BC Protege+ depende da adesão do cidadão", reforçou Carlos Eduardo Gomes.
O BC prevê ampliar futuramente a solução para outros serviços, como chaves Pix, operações de crédito e cartões, caso a adesão ao sistema seja elevada.
Na mesma plataforma Meu BC, também é possível acessar o Relatório de Contas e Relacionamentos (CCS), que mostra todas as instituições onde o usuário possui contas, investimentos ou outros vínculos — recurso útil para conferir se houve uso indevido de informações pessoais.
A criação do BC Protege+ havia sido anunciada em maio e foi desenvolvida em parceria com as instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.

(Foto: Reprodução/DCM)
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