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Economia Renegociação

Banco do Brasil registra baixa adesão à linha subsidiada de renegociação de dívidas

Apenas 10% dos recursos controlados destinados ao BB pela MP 1.314/25 foram utilizados nos primeiros 21 dias de operação.

14/11/2025 às 08h45
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agro Estadão
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Foto: Reprodução/Banco do Brasil
Foto: Reprodução/Banco do Brasil

O Banco do Brasil renegociou R$ 5,9 bilhões em dívidas rurais nos primeiros 21 dias de vigência da Medida Provisória 1.314/25, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 13. Embora o banco tenha recebido R$ 4,3 bilhões dos R$ 12 bilhões em recursos controlados previstos pela MP, apenas R$ 448 milhões — pouco mais de 10% do total — foram efetivamente utilizados até agora, contrariando a expectativa de forte demanda pela linha com juros menores.

A maior parte das renegociações, R$ 5,4 bilhões, corresponde a operações com recursos livres do próprio banco. No total, 4,9 mil produtores rurais de todas as regiões do país tiveram dívidas revistas. Em nota, o BB afirmou que “a medida vem permitindo ao produtor reorganizar sua vida financeira com rapidez e segurança”.

As renegociações começaram em 22 de outubro, primeiro dia de vigência da MP, quando o banco iniciou o recebimento das propostas em nível nacional. O Centro-Oeste registrou o maior volume de contratações (33%), seguido por Sudeste (27%) e Sul (21%).

As operações com recursos controlados passaram a ser recebidas dois dias depois. Entre essas solicitações, 92% foram realizadas em agências do Rio Grande do Sul, estado que enfrenta sucessivas perdas de safra.

O banco informou que ainda há propostas em análise, somando R$ 11,4 bilhões em operações com recursos livres e R$ 721 milhões nas linhas supervisionadas, envolvendo cerca de 8 mil clientes.

Para atender às demandas da MP, o Banco do Brasil criou o programa BB Regulariza Agro, “que utiliza recursos livres e permite ao produtor liquidar, amortizar ou alongar dívidas de custeio, investimento e CPRs, inclusive aquelas já prorrogadas, renegociadas ou adimplentes”. Os prazos podem chegar a nove anos, com até um ano de carência, atendendo regiões impactadas por eventos climáticos.

O BB destacou ainda que oferece alternativas previstas no Manual do Crédito Rural para produtores que não se enquadram nas regras da MP, orientando cada caso conforme o histórico e as perdas registradas.


(Foto: Reprodução)

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