
A inteligência artificial (IA) está mudando o mundo e o Brasil. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, será realizado, ao longo dos próximos quatro anos, um investimento de R$ 23 bilhões no Plano Brasileiro de IA, cujo objetivo é implementar tecnologias de IA em diversos setores, inclusive o jurídico.
Na área jurídica, a IA pode auxiliar na criação, revisão e organização de documentos, elaboração de pesquisas, análise de processos, automatização de tarefas repetitivas e previsão de resultados processuais, ferramentas que podem auxiliar escritórios de todos os portes.
O mercado jurídico brasileiro é promissor para as ferramentas de IA, pois é composto por mais de 1,5 milhão de advogados, dos quais 55% estão na faixa dos 24 aos 44 anos, distribuídos desde sociedades unipessoais até escritórios com milhares de colaboradores, que seguem o modelo americano "Big Law".
De acordo com o 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV), encomendado pelo Conselho Federal da OAB à Fundação Getúlio Vargas (FGV), 72% dos advogados atuam como autônomos, entre os quais 51% trabalham em regime de home office. Este estudo mostra ainda que dos advogados que integram empresa ou escritório de advocacia, 33% integram escritórios que possuem de um a três funcionários, 20% compõe escritórios que possuem de quatro a seis empregados, 9% estão em escritórios contam com sete a dez colaboradores e 16% participam de escritórios com mais de dez trabalhadores.
Independente do tamanho da estrutura seja uma big Law, uma boutique jurídica ou um profissional autônomo, 55,1% dos advogados no Brasil utilizam IA jurídica em suas atividades diárias de acordo com o estudo realizado pela seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), em parceria com Jusbrasil, Trybe e o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio).
Ricardo Vivacqua, sócio fundador da Vivacqua Advogados, diz "Temos de nos adaptar a todo momento, seja investindo em pessoas, estrutura ou ferramentas. Vejo a IA como algo complementar, um insumo que potencializa a capacidade de produção do advogado. Já testamos algumas IAs no escritório; descontinuamos algumas por não atenderem às nossas expectativas. As IAs que optamos por usar servem para auxiliar nas tarefas do dia a dia, mas com cautela, pois não podemos prejudicar nossos clientes."
E explica Ricardo, "Não entramos em aventura. Desde que começamos a utilizar as ferramentas de IA em ambiente de teste, identificamos algumas falhas no período de treinamento e corrigimos o prumo. Não se pode negar que a IA, corretamente utilizada, ajuda muito na eficiência do escritório, mas não se deve perder de vista o equilíbrio entre eficiência e adequação do serviço."
E conclui, "É neste espírito de contínuo desenvolvimento, que direcionamos nossos esforços este ano não só na busca de novas soluções de IA, mas também na incorporação de profissionais aos nossos quadros e na preparação da nova sede do escritório no RJ, inaugurada no dia 23 de outubro."
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