
O Centro de Teresina está passando por um processo de transformação urbana que visa torná-lo mais dinâmico, habitável e atrativo. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Piauí (Sinduscon-PI), há diversas estratégias para revitalizar a região e devolver a ela o protagonismo que já teve.
Guilherme Fortes, presidente do Sinduscon Teresina, destaca que, embora o centro da capital — assim como o de muitas cidades brasileiras — já tenha sido alvo de projetos de revitalização, muitos deles fracassaram por não adotarem uma abordagem integrada.
“O diferencial agora é o planejamento coletivo, que une poder público, iniciativa privada e sociedade civil com o objetivo comum de repovoar o centro”, afirma.
Entre as ações em curso estão a criação de áreas exclusivas para pedestres, a reforma do Centro de Artesanato, a transformação do Cine Rex em uma escola voltada para museu e cinema, além da implantação de um corredor educacional. Praças como a do Liceu estão sendo requalificadas com melhorias em iluminação, segurança e acesso à internet gratuita. Paralelamente, o governo estadual prepara projetos habitacionais com doação de terrenos e subsídios, enquanto a Prefeitura atua na organização territorial e oferece incentivos fiscais.
A proposta é simples: atrair para o centro aqueles que já têm uma relação cotidiana com a região. Atualmente, mais de 200 mil pessoas circulam diariamente pelo local, mas poucas permanecem após o expediente.
“Não queremos vender imóveis para quem já vive em outras áreas, e sim para quem já está presente no dia a dia do centro. Nosso foco é identificar essas famílias e criar condições reais para que possam morar ali”, explica Fortes.
O projeto inclui benefícios como redução do ITBI, diminuição do IPTU, taxas de financiamento mais baixas e juros acessíveis. No entanto, Fortes ressalta que a habitação, por si só, não é suficiente.
“Não basta entregar uma casa. É preciso cuidar do entorno — calçadas, comércio, iluminação, segurança. Só assim será possível construir um ambiente de pertencimento e convivência.”
Para o setor da construção civil, essa revitalização representa mais do que uma intervenção urbana: trata-se de um movimento coletivo. O Sinduscon atua como ponte entre governo, prefeitura e sociedade, realizando estudos de mercado e propondo soluções viáveis para tirar o projeto do papel.
“Esse não é o sonho de um indivíduo, mas de uma comunidade inteira. Acreditamos que o centro só voltará a pulsar quando for novamente habitado”, conclui Guilherme Fortes.
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