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Preço do café cai pelo 2º mês consecutivo, mas voltará a subir em breve, apontam indústrias

Um levantamento feito pelo  Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mostrou que, em agosto, o café ficou 2,17% mais barato em relação a julho.

15/09/2025 às 09h16
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Um levantamento feito pelo  Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mostrou que, em agosto, o café ficou 2,17% mais barato em relação a julho. Foi o segundo mês seguido de queda, depois de um ano e meio de altas, resultado do pico da colheita.

Mas os preços devem voltar a subir já nas próximas semanas entre 10% e 15%, estima o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Celírio Inácio, com base em informações de duas grandes empresas do setor.

Segundo Inácio, o quilo do café poderá chegar a R$ 80 nos próximos meses. Em agosto, o preço médio do produto foi de R$ 62,83, de acordo com a Abic. Isso ocorre porque a indústria está pagando mais caro pelo café vindo das fazendas.  No campo, as cotações, que chegaram a cair a partir de março, voltaram a subir desde o início de agosto.

O aumento no campo é o reflexo de fatores como

  • a concretização do tarifaço de 50% dos EUA sobre o café brasileiro, que fez o preço do grão disparar na bolsa de Nova York, que é referência mundial para a negociação do grão;

  • os baixos estoques de café no mundo, resultado de quatro anos seguidos de queda na colheita dos principais produtores do mundo em razão dos problemas climáticos;

  • a queda na produção brasileira de café arábica este ano, principal variedade produzida no país;

  • geadas no Cerrado Mineiro, que causaram um prejuízo de 424 mil sacas (25 mil toneladas), segundo a StoneX Brasil.

Até o início de agosto, o tarifaço ainda não havia provocado alta nas cotações do café no campo brasileiro e na bolsa de Nova York. Isso porque o mercado esperava que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocasse o café na lista de produtos isentos do tarifaço, como fez com o suco de laranja, explica o analista da StoneX Brasil, Fernando Maximiliano. Mais de 30% do grão consumido nos EUA vem do Brasil. Com o café fora da lista, a cotação do produto disparou na bolsa.

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