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Suspeito de assassinar influenciadora Grampola é identificado em São Luís; polícia descarta feminicídio

Segundo informações da Superintendência de Homicídios, a linha de investigação inicial aponta para uma possível ligação do crime com dívidas relacionadas ao tráfico de drogas

13/09/2025 às 09h06
Por: Vanilson Brito Fonte: Redação
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Suspeito de assassinar influenciadora Grampola é identificado em São Luís; polícia descarta feminicídio

A Polícia Civil do Maranhão identificou o principal suspeito de matar a influenciadora digital conhecida como Grampola, encontrada ferida a facadas na madrugada desta sexta-feira (12), no bairro Ribeira, zona rural da capital. A vítima, cujo nome de registro era Inaldo Henrique Silva Belchior, tinha 41 anos e era uma mulher trans. Ela ficou conhecida por seus áudios humorísticos nas redes sociais, sendo apelidada de “Rainha dos Áudios”.

Segundo informações da Superintendência de Homicídios, a linha de investigação inicial aponta para uma possível ligação do crime com dívidas relacionadas ao tráfico de drogas. Por esse motivo, o feminicídio foi descartado como motivação principal. No entanto, familiares seguem sendo ouvidos para esclarecer os detalhes do caso.

Grampola foi vista por testemunhas pedindo socorro em via pública, com múltiplas perfurações de faca. Ela foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos. O crime ocorreu justamente no dia de seu aniversário.

O assassinato de Grampola acontece poucos dias após o corpo de Amanda Falcão, também mulher trans, ser encontrado em uma área de mangue no Aterro do Bacanga. Os dois casos reacenderam o alerta sobre a violência contra pessoas trans em São Luís.

Movimentos sociais e lideranças da comunidade LGBTQIA+ exigem ações imediatas das autoridades. “Hoje foi a Grampola, ontem foi a Amanda, amanhã pode ser qualquer uma de nós. Não vamos nos calar”, declarou Raíssa Mendonça, defensora dos direitos humanos e ativista da causa trans.

Levantamentos da Associação Nacional de Travestis e Transexuais indicam que crimes contra pessoas trans no Brasil são frequentemente motivados por ódio e envolvem métodos letais. A luta por justiça, segundo os movimentos, vai além da responsabilização dos autores: trata-se da defesa da vida, dignidade e visibilidade da comunidade.

A Polícia Civil segue com as investigações e ainda não efetuou prisões. A sociedade civil acompanha de perto os desdobramentos e cobra respostas urgentes.

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