O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), sob a gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), protagonizou mais um capítulo de esperança e solidariedade ao realizar sua segunda captação múltipla de órgãos. A doação foi autorizada pela família do doador.
A logística da operação foi marcada por grande complexidade e envolveu uma verdadeira força-tarefa. O fígado foi encaminhado para Fortaleza (CE), os rins seguiram para Recife (PE) e as córneas foram enviadas à Central de Transplantes em Teresina (PI). A ação contou com o apoio do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e com o trabalho articulado da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), da Central de Transplantes e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de uma equipe altamente especializada composta por dez profissionais de saúde.
A data em que o procedimento foi realizado trouxe um significado ainda mais profundo. Segundo Nadja Freitas, coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HEDA, “nesta Sexta-feira da Paixão, conseguimos materializar o verdadeiro significado de doação e amor ao próximo. O HEDA está preparando cada vez mais seus profissionais para realizar captações que transformam vidas”.
O reconhecimento ao trabalho conjunto também foi enfatizado pelo diretor técnico do hospital, Dr. Carlos Teixeira: “Agradecemos a todos os parceiros que tornaram possível este gesto nobre. É a união dessas forças que transforma momentos de dor em esperança para tantas famílias em diferentes estados do Nordeste”.
Para Dirceu Campêlo, superintendente de alta e média complexidade da Sesapi, o sucesso da operação evidencia o avanço da rede pública de saúde no Piauí. “O HEDA consolida-se como referência em transplantes e demonstra sua capacidade de mobilização, mesmo em períodos como a Semana Santa, quando conseguiu articular todos os parceiros para o sucesso desta missão que salva vidas”, afirmou.
Em tempos em que a doação de órgãos ainda enfrenta barreiras culturais e emocionais, histórias como essa reforçam que, mesmo na perda, é possível gerar novos começos.
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