O Centro Educacional Masculino (CEM) iniciou, ainda em dezembro, uma oficina semanal de artesanato denominada "Mane". A atividade é ministrada pelo coordenador administrativo Apollo Neto e tem como objetivo principal unir arte, cultura e ressocialização, proporcionando aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa uma oportunidade de transformação por meio da expressão criativa.
A oficina permanente se inspira nas tradições artísticas do povo Huni Kuin (Kaxinawá), um dos grupos indígenas de maior relevância cultural no Brasil. Segundo Apollo Neto, o projeto foi desenvolvido com cinco metas principais: Fomentar a criatividade e autoexpressão, promover a conscientização sobre a importância da cultura indígena, desenvolver habilidades manuais e artísticas, encorajar a reflexão sobre escolhas e consequências e estabelecer vínculos positivos com os adolescentes.
De acordo com o coordenador, a dinâmica da oficina busca conectar os participantes às suas emoções e escolhas, enquanto explora a riqueza simbólica dos Huni Kuin. "Estamos mostrando que a arte não é apenas uma forma de expressão, mas também um caminho para reflexão e crescimento pessoal", destaca.
Os encontros semanais têm sido recebidos com entusiasmo pelos participantes. Durante as oficinas, os adolescentes trabalham com materiais variados, aprendem técnicas artesanais e exploram elementos culturais indígenas. Esse processo também promove a construção de laços entre educadores e socioeducandos, contribuindo para um ambiente mais positivo e acolhedor no CEM.
A iniciativa reflete a missão do Centro em priorizar a educação e o desenvolvimento humano como ferramentas essenciais para a ressocialização. Ao valorizar a cultura indígena e oferecer espaço para a autoexpressão, a oficina "Mane" simboliza um importante passo em direção à inclusão social e ao empoderamento de jovens em situações de vulnerabilidade.
Com o projeto consolidado, a expectativa é que mais adolescentes sejam beneficiados e que a prática se torne uma referência para outras instituições socioeducativas. "Nossa intenção é mostrar que cada jovem tem potencial para criar, transformar e se reinventar", finaliza Apollo Neto.
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