A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a Operação Vis Occulta, que tem como objetivo desarticular um grupo criminoso responsável por compra de votos e influência nas eleições de dezenas de municípios do Ceará.
As investigações revelaram indícios de que os valores usados para comprar votos foram obtidos por meio de um esquema de caixa 2, envolvendo contratos públicos com empresas vinculadas a essa organização criminosa. Esses recursos eram destinados ao financiamento ilícito de campanhas eleitorais no estado.
Foram cumpridos, nesta quinta-feira, dois mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão. Além disso, foram aplicadas medidas cautelares a cinco investigados, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno. As buscas foram feitas em endereços de Fortaleza. As apreensões, com isso, devem alimentar a continuidade das investigações sobre o caso.
Além das ações realizadas, foi autorizado o compartilhamento dos dados investigativos com as Promotorias Eleitorais de Canindé e Choró, com o objetivo de “subsidiar o eventual oferecimento de ações impugnativas no âmbito eleitoral”.
As informações também serão compartilhadas com a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), para aprofundar as investigações sobre o possível envolvimento de um servidor público, que teria sido cooptado pelo grupo. Por fim, os dados serão disponibilizados à Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), para dar suporte às apurações de fraudes em processos licitatórios relacionadas às atividades da organização criminosa.
A operação foi deflagrada pela PF com o apoio do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado do Ceará (Ficco/CE). A Operação Vis Occulta é um desdobramento da Operação Mercato Clauso, também no âmbito da PF.
Segundo a Polícia Federal, as investigações prosseguem e, com isso, e novas informações poderão ser divulgadas, conforme o avanço dos trabalhos policiais.
Mín. 22° Máx. 40°