Fortaleza é o terceiro município com o maior número de favelas e comunidades urbanas no Brasil, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE divulgados nesta sexta-feira (8). Com 503 áreas de ocupação, a cidade fica atrás apenas de São Paulo (2.473) e Rio de Janeiro (1.273).
Essas comunidades representam 22,9% do total de domicílios de Fortaleza, com cerca de 664 mil pessoas, ou 19,4% da população da região metropolitana, residindo em favelas.
No Ceará, a população residente em favelas soma 749.640 pessoas, representando 8,5% da população estadual. A distribuição etária nas favelas revela uma população mais jovem: 23,6% têm entre 0 e 14 anos, comparado a 20,5% na média estadual. Em termos de gênero, há um leve predomínio feminino (52,1%) nessas áreas.
Em relação à etnia dos moradores de favela no Ceará:
· 68,1% dos moradores se declaram pardos
· 22,9% se declaram brancos
· 8,6% se declaram pretos
Infraestrutura e serviços públicos
Os dados do Censo também destacam desafios e avanços na infraestrutura. Entre os domicílios ocupados nas favelas cearenses:
· 93,3% estão conectados à rede geral de água;
· 90,5% têm essa rede como principal fonte de abastecimento, mas de forma limitada: 50,9% dos domicílios têm rede de esgoto ou pluvial, e 17,3% dependem de fossas rudimentares ou buracos;
· 98,2% dos lares têm acesso ao serviço de coleta de lixo, porém 1% ainda descarta resíduos em terrenos baldios ou áreas públicas.
Situação no país
Os moradores das favelas do Brasil são mais jovens e mais negros (grupo que reúne pretos e pardos) que a média brasileira. No total da população brasileira, 10,9% tem 65 anos ou mais. Já em favelas, este índice cai para 6,6%.
🧓ðŸ¼O IBGE analisou ainda o índice de envelhecimento, que é o número de pessoas com 60 anos ou mais de idade em relação a um grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos.
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