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Morre Cid Moreira, ícone do jornalismo brasileiro, aos 97 anos

Cid Moreira morreu por volta das 8h esta quinta-feira, em decorrência de insuficiência renal crônica.

03/10/2024 às 10h15 Atualizada em 03/10/2024 às 10h40
Por: Carlos Santos Fonte: Com informações do G1
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Morre Cid Moreira, ícone do jornalismo brasileiro, aos 97 anos

Faleceu nesta quinta-feira (3) o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais icônicas da televisão brasileira, aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e nas últimas semanas vinha tratando uma pneumonia. Cid Moreira morreu por volta das 8h, em decorrência de insuficiência renal crônica.

Conhecido por apresentar o "Jornal Nacional" mais de 8 mil vezes, segundo o Memória Globo, ele marcou gerações com sua voz imponente e sua presença na bancada do principal telejornal do país. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.

Uma trajetória de sucesso

Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, Cid Moreira completou 97 anos no último domingo (29). Sua carreira começou no rádio, em 1944, incentivado por um amigo que o levou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Nos anos seguintes, trabalhou como narrador de comerciais até se mudar para São Paulo, onde passou a atuar na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Mayrink Veiga. Nesse período, teve suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas da TV Rio como "Além da Imaginação" e "Noite de Gala". Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio, consolidando sua trajetória no jornalismo televisivo.

A estréia no "Jornal Nacional"

Em 1969, Cid Moreira retornou à TV Globo para apresentar o "Jornal da Globo". No mesmo ano, ele foi escolhido para integrar a equipe do recém-criado "Jornal Nacional", o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil. Ao lado de Hilton Gomes, Cid estreou no telejornal em setembro de 1969, ainda sem saber a dimensão do que aquele programa se tornaria.

Ao longo de 26 anos, Cid foi o principal apresentador do "JN", sendo sua voz associada à credibilidade do telejornal. Ele relatou que, na estreia, não estava nervoso, mas que no dia seguinte, ao ver a repercussão na imprensa, começou a perceber a importância do programa. Dois anos após a estreia, iniciou uma longa parceria com Sérgio Chapelin.

Em 1996, uma reformulação trouxe novos apresentadores ao "Jornal Nacional", com William Bonner e Lillian Witte Fibe assumindo a bancada. Cid, no entanto, continuou envolvido com o telejornal, dedicando-se à leitura de editoriais.

O "Fantástico" e outras atividades

Além do "Jornal Nacional", Cid Moreira também esteve presente em outros programas da TV Globo, incluindo o "Fantástico", onde participou desde a estreia em 1973. Um dos momentos mais marcantes foi sua narração no quadro de Mr. M, que fez grande sucesso em 1999.

Nos anos 1990, Cid começou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos, projeto que culminou na gravação completa da Bíblia em 2011, um grande sucesso de vendas.

Cid Moreira deixa um legado imenso no jornalismo brasileiro, com sua voz e imagem eternamente ligadas à história da televisão no país.

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