Dando continuidade aos encontros do G20 Social, foi realizado, na tarde desta segunda (20), em Teresina, o encontro “Enfrentamento à fome e combate à pobreza: contribuições da sociedade civil”. Pela primeira vez, as organizações civis de diversas partes do Brasil apresentaram propostas para fazer parte da cesta de projetos que serão apresentados na 3a reunião da Força-Tarefa para construção da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza - G20.
O ministro Wellington Dias destacou o histórico brasileiro na luta contra a fome e a desigualdade social. Ele apontou o trabalho primordial das organizações sociais nessa luta. “É primordial a participação social que tem por objetivo levar em conta o que temos de conhecimento na ciência, mas também na experiência prática, falando de pessoas que já há muitos anos atuam nessa área social, dando comida a quem precisa de comida, dando a mão a pessoas na situação de vulnerabilidade quando precisa”, destacou o ministro.
Em sua fala, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, apontou a importância dessa inovação nas reuniões do G20 em ouvir a sociedade civil organizada para apresentar projetos e diretrizes que poderão ser adicionados ao documento final em novembro com a cúpula do G20. “Ficamos muito felizes de ver a sociedade participando, com sugestões concretas, que serão levadas às equipes técnicas dessas delegações de mais de 20 países para chegar, possivelmente, ao texto final”, falou o chefe do Executivo piauiense.
Uma das entidades representadas foi a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileira e Saúde (Renafro). Eles defenderam a expansão de projetos de cozinhas solidárias que atendam a comunidades vulneráveis. O representante da Renafro, Doté Thiago, falou sobre o projeto. “Entregamos uma proposta voltada para essas comunidades tradicionais, para continuar desenvolvendo essa ajuda, como por exemplo, o projeto em que danos comida às comunidades em situações de rua. Então, nossa proposta é que mais terreiros possam ser porta de entrada para fazer essa assistência”, detalhou.
A sociedade Kolping do Piauí apresentou, também, uma proposta para a expansão da construção de cisternas no semiárido, além da utilização das águas cinzas, que são aquelas utilizadas para o banho e lavagem de loiça. O coordenador da Kolping Piauí, Raimundo João, detalhou a importância desse projeto. “Está sendo um momento muito importante para a sociedade civil estar aqui presente, a Kolping Piauí apresentou proposta de avançar mais na construção de cisternas para garantir a água para beber, porque sabemos que hoje é um desafio grande no semiárido Piauiense. Outra proposta que nós estamos trabalhando é a questão de reutilização de águas cinzas para o cultivo”, contou.
No Piauí, as relações com a sociedade civil tem uma representação dentro do governo com a Secretaria de Estados de Relações Sociais (Seres). A gestora da pasta, Núbia Lopes, destacou a importância desse ato inédito do G20, que é exatamente ouvir a sociedade civil. “Esse momento aqui é muito importante, é a sociedade civil representada pelos movimentos sociais nacional e aqui do Estado, apresentando e fazendo um debate muito rico, com propostas de projetos, experiências já exitosas para compor a cesta de políticas públicas para o enfrentamento e combate à pobreza, combate à fome”, apontou.
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