Desmatamento e falta de infraestrutura urbana: problemas que são uma realidade no interior do Maranhão
Essa situação é facilmente constada por pessoas que moram em localidades do interior do estado..
12/12/2023 às 19h43Atualizada em 12/12/2023 às 21h41
Por: Carlos SantosFonte: Redação Verdes Campos Sat
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A falta de infraestrutura em povoados e nas estradas do interior do Maranhão é uma situação que ainda pode ser constatada atualmente no estado. Por conta dessa falta de atenção do poder público, muitas pessoas tem preferência para ir a zona urbana das cidades ou da capital, onde se sentem mais seguras para conseguirem possibilidades e novas oportunidades de trabalho. Essa situação é facilmente constatada por pessoas que moram em localidades de municípios como Coroatá e cidades vizinhas.
Conforme o último levantamento do Instituto Trata Brasil, o estado do Maranhão abriga mais de 7 milhões de habitantes, e apenas 56,5% dos maranhenses recebem água potável, ou seja, pouco mais da metade dos habitantes. A falta do recurso hídrico é ainda mais preocupante quando analisado o índice de perdas de água – o estado desperdiça 59,1% da água produzida nos sistemas de distribuição. Ainda conforme a pesquisa, há grandes dificuldades para atender a população com esgotamento sanitário.
Somente 13,8% dos habitantes são atendidos com coleta de esgoto, enquanto apenas 13,6% dos esgotos gerados são tratados no Maranhão. A má condição do saneamento básico é prejudicial para área do turismo. De acordo com dados do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), presentes no Painel Saneamento Brasil, a parcela do total de empregados que trabalha no setor de turismo é de 8,1%.
Outro problema enfrentado é o desmatamento no estado, principalmente na região entre Coroatá e Timbiras. A extração do babaçu, palmeira tradicional na região nordeste, é uma realidade naquela região.
De acordo com um artigo publicado na revista Land Use Policy elaborado por cientistas de diferentes centros e universidades, o desmatamento é um grave problema no Maranhão: a devastação abrange a porção da Amazônia Brasileira localizada no oeste do estado do Maranhão. Segundo o documento, a área já perdeu 76% das florestas original e um quarto da vegetação florestal remanescente está degradada ou por incêndios criminosos, ou pela atividade ilegal da madeira.
A exploração do babaçu tem prejudicado, além da fauna brasileira, tem também provocado o aumento do preço vendido ao consumidor final, por conta justamente da sua extração de forma demasiada.
O que é o babaçu e qual a sua importância?
O babaçu é um tipo específico de palmeira que cresce de forma extensiva no nordeste do Brasil e produz um coco muito pequeno. O coco é geralmente coletado por mulheres de uma das regiões mais pobres do Brasil, chamadas de quebradeiras de coco babaçu. A fruta do babaçu é suplemento essencial da dieta e fonte de renda para famílias em comunidades rurais da região, e ainda hoje tem um grande valor econômico, porque rende um número infinito de produtos derivados.
Da castanha se produz o óleo de babaçu, que tem aroma de avelã e é usado em pratos regionais, especialmente a base de peixe. Os cocos são coletados nos babaçuais pelas quebradeiras, que quebram as castanhas com um machado para extrair o óleo. Os cocos caem das árvores quando estão maduros e são coletados em pequenas áreas de terra trabalhadas coletivamente pela comunidade local e trabalhadores sem terra.
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