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Comissão vota parecer sobre indenização por rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho

Os desastres deixaram quase 300 mortos nessas cidades e causaram sérios danos socioeconômicos em Minas Gerais e no Espírito Santo

24/11/2023 às 14h28
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Agência Câmara
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Isac Nóbrega/Presidência da República
Isac Nóbrega/Presidência da República

A comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para fiscalizar os rompimentos de barragens e a repactuação dos danos reúne-se na terça-feira (28) para votar o relatório do deputado Helder Salomão (PT-ES).

O documento faz 44 recomendações para corrigir falhas apontadas pelos atingidos no acordo de reparação conduzido pela Fundação Renova, representante das mineradoras. Desde 2021, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou a mediar o processo de repactuação dos acordos.

O parecer apresentado recomenda, entre outros pontos, que:

  • os atingidos participem das discussões e decisões sobre a repactuação;
  • a gestão do novo acordo seja feita pelo governo federal, não mais pela Fundação Renova;
  • os valores das indenizações sejam definidos por instituições independentes;
  • os recursos para a recuperação das áreas sejam aplicados nos municípios da Bacia do Rio Doce.

Confira a íntegra do relatório

A reunião será realizada às 14 horas, no plenário 10. Confira a pauta.

Antônio Cruz/Agência Brasil

Vista da cidade de Mariana depois do rompimento da barragem, em 2015

Entenda o caso
A comissão acompanha os desdobramentos dos crimes socioambientais ocorridos nas cidades mineiras de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), após o rompimento de barragens de rejeitos de minério de ferro. Os desastres deixaram quase 300 mortos e causaram sérios danos socioeconômicos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

O rompimento da barragem de Fundão, da Samarco Mineração, em Mariana, deixou 19 mortos e provocou imenso impacto econômico, social e ambiental no vale do rio Doce, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Já o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, deixou mais de 270 mortos e afetou a bacia do rio Paraopeba, afluente do São Francisco.

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