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Setembro Amarelo; Psicológa esclarece a importância de falar sobre a prevenção ao suicídio

A cor “amarela” é usada mundialmente como referência direta ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que é lembrado no dia 10 de setembro.

19/09/2023 às 10h25 Atualizada em 19/09/2023 às 11h57
Por: Carlos Santos Fonte: Redação Verdes Campos
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Setembro Amarelo; Psicológa esclarece a importância de falar sobre a prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo é um movimento e uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Idealizada ainda no final de 2014 por diversas entidades, entre elas o CVV (Centro de Valorização da Vida), teve sua primeira edição em 2015. A cor “amarela” é usada mundialmente como referência direta ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que é lembrado no dia 10 de setembro.

 

Ao longo dos anos, tem sido possível observar uma evolução na conscientização da sociedade como um todo em relação ao assunto, com quebra de tabus e a abertura para se conversar abertamente sobre suicídio em diferentes ambientes sociais, como dentro da família, nas empresas, imprensa e poder público.

 

Em entrevista a Rede de Rádios Verdes Campus Sat, a psicológa cliníca Ticiana Soares falou que as pessoas com a saúde mental fragilizada muitas vezes tem vergonha ou não querem pedir ajuda. “ Muitas vezes às pessoas não tem coragem de solicitar ajuda, porque acha que é um sinal de fraqueza e que as pessoas irão fazer julgamento. Existe toda aquela cultura que o homem precisa ser forte, que o homem não pode chorar, no entanto ele também tem suas fragilidades”. Relatou a Dra. Ticiana Soares.

Imagens: Carlos Santos

 

A especialista em saúde mental também destacou que nem sempre as pessoas apresentam sintomas de depressão, o que de certa forma pode ocasionar a possibilidade de suicídio. “É importante falar que nem sempre as pessoas apresentam sinais que vão cometer tal ato. É simples falar sobre isso, porque o suicídio existe desde que o mundo é mundo. Muitas vezes as pessoas estão mergulhadas em problemas, elas apresentam uma angustia muito grande e não conseguem lhe dá com isto. A ansiedade, a depressão e a bipolaridade são alguns percussores que podem impulsionar a uma pessoa a cometer o suicídio”. Afirmou a Dra. Ticiana Soares.

 

 Dados sobre suicídio

 

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.

 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

 

Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

 

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

 

Em países da Europa, houve um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas em países do Leste Asiático, América Central e América do Sul.

 

 

 

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