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Economia Crise financeira

Correios admitem risco de não pagar 13º após reunião no TST

Primeira parcela foi paga em 28 de novembro, a segunda deve ser paga até 19 de novembro; instituição tenta obter ajuda do governo.

13/12/2025 às 10h19
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
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Foto: Reprodução
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O superintendente-executivo de Gestão de Pessoas dos Correios, Alexandre Martins Vidor, afirmou nesta quinta-feira (11) que a companhia não terá recursos para pagamento de 13º salário dos trabalhadores.

“Nós não teremos recurso para pagamento de décimo terceiro salário”, afirmou Vidor, durante uma reunião com o sindicato da categoria no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Ainda na reunião, a diretora de Gestão de Pessoas dos Correios, Natália Teles da Mota, afirmou que a empresa não tem como arcar com a folha salarial de dezembro.

“Hoje eu tenho uma folha em dezembro que supera R$ 1 bilhão, que eu não tenho como pagar”, disse.

Um vídeo com as afirmações tem sido compartilhado entre os trabalhadores dos Correios. A sequência não inclui a íntegra da reunião.

Os Correios pagaram a primeira parcela do 13º salário em 28 de novembro. A segunda parcela tem de ser paga até 19 de dezembro. A instituição tenta obter ajuda do governo para honrar compromissos.

Os Correios enfrentam uma crise financeira e, em 2025, acumulam prejuízo de R$ 6 bilhões até setembro. O último trimestre foi o 13º consecutivo no vermelho.

O governo federal negocia alternativas para socorrer a empresa, incluindo um empréstimo com aval do Tesouro Nacional e a possibilidade de um aporte direto de recursos públicos.

Na quarta-feira (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o governo federal pode injetar recursos públicos na companhia.

"Estamos pensando em fazer aporte, se necessário, pelo arcabouço. Temos margem nesse ano e poderíamos fazer", disse Haddad.

Caso ocorra o aporte direto, Haddad afirmou que seria necessário aprovar um projeto de lei sobre o assunto.

Confita nota dos Correios:

Está em curso o processo de negociação do Plano de Reestruturação da empresa, bem como do Acordo Coletivo de Trabalho.

Nesse momento, não há suspensão de qualquer obrigação trabalhista. Os Correios seguem tratando o tema com responsabilidade institucional.

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