
Com o clima quente e úmido característico do verão, o mês de dezembro é um período fértil para diversas frutas típicas do Nordeste brasileiro. Entre elas, o cajá se destaca pelo sabor ácido e refrescante, muito usado em sucos e sobremesas. Já o umbu, conhecido como “árvore sagrada do sertão”, aparece em compotas e geleias, sendo símbolo da resistência da caatinga.
A mangaba, fruta delicada e adocicada, é bastante consumida in natura ou em sorvetes artesanais, enquanto a pitomba, pequena e de sabor marcante, costuma ser apreciada em família, especialmente nas reuniões de fim de ano. O jambo, com sua polpa suculenta e aroma intenso, colore as bancas das feiras e é presença garantida nas cidades litorâneas.
Além dessas, outras frutas como tamarindo, pinha (fruta-do-conde), caju e graviola também aparecem com força nesta época, cada uma trazendo benefícios nutricionais e usos culinários variados. O tamarindo, por exemplo, é usado em doces e refrescos, enquanto a graviola ganha espaço em sucos e sobremesas por seu sabor levemente ácido.
Para os agricultores locais, dezembro representa uma oportunidade de maior comercialização, já que o consumo de frutas cresce com o calor e as festividades. Nas feiras livres do Piauí, Ceará, Maranhão e nos demais estados do nordeste, é comum encontrar bancas recheadas de cestos coloridos, atraindo moradores e turistas em busca de sabores autênticos da região.
Mais do que alimento, essas frutas carregam identidade cultural e memória afetiva. Muitas delas são cultivadas em quintais familiares e fazem parte de receitas tradicionais transmitidas de geração em geração. No sertão, por exemplo, o umbu é transformado em umbuzada, bebida típica que mistura leite e polpa da fruta, servida gelada para aliviar o calor.
Assim, o mês de dezembro no Nordeste não é apenas marcado pelo sol forte e pelas festas natalinas, mas também pela riqueza de frutas que traduzem a diversidade e a vitalidade da região. Entre cores vibrantes e sabores únicos, elas reforçam o papel da agricultura familiar e da tradição culinária nordestina, que segue encantando paladares dentro e fora do Brasil.
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