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Agronegócio vê como positiva sinalização de Trump, mas FPA não acredita em recuo

Analistas apontam que possíveis compras recordes pela Índia podem oferecer suporte no futuro, mas alertam para desafios relacionados a tarifas, custos internos e instabilidade internacional.

25/09/2025 às 09h00
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agro Estadão
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

O mercado agrícola iniciou setembro com sinais de instabilidade, especialmente no café. O robusta registrou quedas expressivas após forte valorização nos meses anteriores, enquanto o arábica, que também havia atingido máximas de três meses em agosto, recuou diante de ajustes técnicos e realização de lucros.

Segundo especialistas da consultoria Markestrat: “Para os produtores e traders, a atenção continua voltada à produtividade futura e às condições climáticas, que podem influenciar de forma decisiva os preços nos próximos meses”, indicam. 

No algodão, a colheita avança em ritmo firme, com alguns estados já acima de 80% da área colhida. No entanto, em Mato Grosso, maior produtor nacional, o processo é mais lento. Apesar da boa produtividade, os preços seguem pressionados, acumulando perdas — no mercado interno, a queda da última semana foi de 1,88%. Analistas apontam que possíveis compras recordes pela Índia podem oferecer suporte no futuro, mas alertam para desafios relacionados a tarifas, custos internos e instabilidade internacional.

Já o mercado de laranja mostra sinais mistos. Os preços físicos registraram valorização em setembro, mas os contratos futuros do suco caíram, refletindo expectativas de maior oferta e demanda menos aquecida. A Markestrat destaca que a safra 2025/26 mantém a qualidade da fruta em níveis baixos, o que limita ganhos no mercado in natura. Por outro lado, a normalização dos estoques de suco até 2026 deve trazer maior equilíbrio ao setor. “Apesar disso, o cenário atual segue pressionado pela volatilidade e pelas margens apertadas para os produtores, exigindo atenção na definição de estratégias de comercialização”, alerta a consultoria. 

Um estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indica que o setor agrícola global tem enfrentado maior volatilidade nos últimos anos, impulsionada por eventos climáticos extremos e pela instabilidade do comércio internacional. Isso reforça a necessidade de planejamento estratégico e gestão de riscos para os produtores brasileiros.

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