
Casos de violência contra mulheres seguem em alta no Brasil, segundo o DataSenado, que aponta que três a cada dez brasileiras já sofreram violência doméstica. Esse cenário tem impulsionado projetos de autodefesa em diferentes regiões, como o programa Mulheres em Defesa, no Mato Grosso, e academias em São Luís que relatam turmas lotadas de mulheres interessadas em aprender técnicas de proteção.
“Quando a mulher passa a ter noções de defesa, reduz a sensação de vulnerabilidade e amplia sua autoconfiança. Esse processo tem impacto semelhante ao que observamos na redução de furtos de celulares: quanto mais preparada e consciente, menor o risco de se tornar alvo”, afirma Sandro Christovam Bearare, especialista em autodefesa e técnicas antissequestro, instrutor e coordenador de cursos.
Ainda de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a residência foi o principal local de homicídio de mulheres no Brasil em 2022, concentrando 34,5% dos casos. O dado reforça a vulnerabilidade feminina em ambiente doméstico e ajuda a entender por que cresce o interesse em alternativas de proteção, como os cursos de autodefesa.
Em nível local, o programa Mulheres em Defesa, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, destaca que as atividades devolvem autoconfiança, reduzem a vulnerabilidade e ensinam técnicas simples e eficazes voltadas ao cotidiano das participantes. Em São Luís, reportagem local registrou aumento do número de mulheres que buscam cursos de defesa pessoal.
“Não basta apenas aprender técnicas de reação física. É fundamental que a mulher desenvolva também a percepção preventiva e o equilíbrio emocional para agir em momentos de pressão. A autodefesa é tão psicológica quanto prática”, acrescenta Bearare.
Além do preparo físico, a metodologia aplicada em programas de autodefesa integra aspectos psicológicos e de percepção situacional. A Ludus Vision, empresa voltada a palestras, assessorias e treinamentos, informou, por meio de um de seus idealizadores, Lucas Silveira, que houve um notório aumento de contatos de mulheres interessadas em conhecimento prático e teórico, seja por meio de livros, seja em atividades de capacitação e consultoria.
“As técnicas precisam ser adaptadas à realidade do público feminino, com ênfase em movimentos simples, mas eficazes. Não é apenas sobre reagir, mas sobre desenvolver consciência e capacidade de prevenção”, ressalta Lucas Silveira, coordenador do Instituto Defesa e um dos responsáveis pela Ludus Vision.
Os especialistas ainda recomendam que mulheres adotem medidas práticas para reduzir sua vulnerabilidade:
Priorizar ambientes iluminados e movimentados em deslocamentos noturnos.
Evitar o uso de celulares em locais de risco, mantendo atenção ao entorno.
Participar de treinamentos de autodefesa voltados à realidade feminina.
Compartilhar rotas e horários com familiares ou amigos de confiança.
Buscar conhecimento em palestras, livros e programas especializados.
Utilizar transporte por aplicativos com checagem prévia do motorista e do veículo.
Adotar condutas preventivas em relacionamentos, reconhecendo sinais de violência doméstica.
Manter apoio psicológico e social como forma de fortalecer a tomada de decisões em situações de risco.
O consenso entre os especialistas é que a combinação de conhecimento, prevenção e treinamento contínuo fortalece a autonomia feminina e contribui para a redução dos índices de violência.
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