Conforme informado na publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dezembro de 2024, a produção industrial brasileira registrou uma variação negativa de 0,3% em relação ao mês anterior. Segundo os dados apresentados, sete dos quinze locais pesquisados tiveram taxas negativas, com destaque para o Pará (-8,8%) e o Ceará (-6,8%), que registraram os recuos mais acentuados. Mato Grosso (-4,7%), Paraná (-4,1%) e Rio de Janeiro (-1,1%) também ficaram abaixo da média nacional, enquanto estados como Amazonas (4,3%), Espírito Santo (4,0%) e Pernambuco (3,9%) demonstraram crescimento no período.
O relatório aponta que a média móvel trimestral da indústria apresentou uma queda de 0,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2024. Em termos regionais, sete das quinze localidades analisadas tiveram retração, sendo Espírito Santo (-1,9%), Ceará (-1,7%) e São Paulo (-0,9%) os estados mais impactados. Por outro lado, o Amazonas (2,5%), Pernambuco (1,7%) e Bahia (1,5%) registraram avanços positivos. O estudo também revela que a comparação com dezembro de 2023 indica um crescimento de 1,6% na indústria nacional, impulsionado pelo aumento na produção de equipamentos eletrônicos e veículos automotores.
Na análise anual, o setor industrial acumulou uma expansão de 3,1% no período de janeiro a dezembro de 2024. Segundo os dados do IBGE, dezessete dos dezoito locais analisados apresentaram crescimento, com destaque para Santa Catarina (7,7%), Rio Grande do Norte (7,4%) e Ceará (6,9%). Entre os fatores que contribuíram para esse desempenho estão a ampliação da produção de máquinas e equipamentos, confecção de vestuário e produtos alimentícios. Por outro lado, estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais tiveram um crescimento abaixo da média nacional.
Ainda segundo o relatório, o último trimestre de 2024 mostrou uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, reduzindo o ritmo de crescimento de 3,9% para 3,1%. O fenômeno foi observado em onze das dezoito regiões analisadas, sendo que Mato Grosso do Sul, Ceará e Espírito Santo registraram as maiores perdas. Em contrapartida, estados como Mato Grosso, Amazonas e Pará tiveram uma melhora no desempenho da produção industrial no mesmo período.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos em Jundiaí, São Paulo, para construção civil, Trans Obra, afirmou que o desempenho da indústria em dezembro de 2024 reflete um cenário de oscilação no setor produtivo nacional, com impactos diretos sobre a cadeia de fornecimento de equipamentos e insumos para construção civil. “A retração em estados citados na publicação, pode indicar uma redução na demanda por máquinas e equipamentos nesses mercados, influenciada por fatores como menor volume de obras e investimentos em infraestrutura. Por outro lado, outros estados registraram crescimento, o que pode favorecer a expansão de negócios relacionados à locação de máquinas e equipamentos”.
Na comparação entre dezembro de 2024 e o mesmo mês do ano anterior, Amazonas e Pernambuco foram os estados que mais cresceram, com expansões de 11% e 10,1%, respectivamente. O estudo destaca que o setor de equipamentos eletrônicos e ópticos, juntamente com a produção de veículos automotores, foram determinantes para esses resultados. Em contraste, Rio Grande do Norte (-21,1%) e Mato Grosso do Sul (-10,9%) sofreram as maiores retrações, impactados pela queda na produção de derivados do petróleo e biocombustíveis.
Perguntado sobre o estudo, José Antônio disse que as franquias de sucesso de locação de equipamentos para construção civil podem desempenhar um papel estratégico nesse contexto, permitindo uma adaptação mais dinâmica às necessidades regionais e garantindo a disponibilidade de máquinas conforme a demanda do mercado. “O crescimento de 3,1% na indústria foi impulsionado pela ampliação da produção de máquinas e equipamentos, o que pode indicar um aumento na oferta e modernização de tecnologias no setor de construção. Isso representa uma oportunidade para empresas de locação que desejam diversificar seu portfólio e atender a um mercado cada vez mais exigente em termos de eficiência e inovação”.
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