A perda do irmão ainda é uma dor com a qual o representante comercial Márcio de Castro está aprendendo a conviver. Ele lembra com detalhes do dia em que tentou socorrê-lo, ao passar mal em casa. Em meio ao sofrimento, foi necessário agir rápido para realizar os trâmites necessários. Ele acionou o atendimento de remoção de corpos do Serviço de Verificação de Óbito Dr. Rocha Furtado (SVO).
“A experiência não é agradável porque é um momento difícil, mas a gente tem que encarar que a vida é igual para todo mundo. Eles (os profissionais) recolheram o corpo e eu acompanhei até o SVO. A assistência social me acalmou, me explicou tudo. Eu fui bem atendido”, relata Márcio.
Com atividades iniciadas no dia 21 de agosto, o serviço de remoção de corpos do SVO já registrou cerca de 90 retiradas em Fortaleza.
O equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) é referência estadual na realização de necropsias destinadas ao esclarecimento de mortes naturais não definidas.
O local conta com quatro veículos que atuam no serviço de remoção. Os carros podem fazer a remoção dos corpos de pessoas que faleceram de causas naturais nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nos hospitais e nos domicílios, caso a família solicite.
Entre uma das atribuições mais importantes desempenhadas pelo Serviço de Verificação de Óbitos está a emissão da Declaração de Óbito, documento necessário para o registro da morte e o sepultamento.
Anacelia Gomes de Matos, diretora do equipamento, explica que “o serviço de remoção pode ser acionado quando tem um óbito em domicílio ou em unidade de saúde em que precisa fazer a necropsia, procedimento para elucidar a causa do óbito de morte natural. Quando já tem um diagnóstico estabelecido, não precisa vir para o SVO”.
Atualmente, o SVO faz, em média, oito necropsias por dia, sendo um dos poucos do Brasil que realizam esse serviço até as 23 horas. Por ano, são cerca de cinco mil atendimentos.
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