O Projeto de Lei 2215/23 cria Centros Comunitários da Paz (Compaz) em áreas públicas, preferencialmente em locais com maior vulnerabilidade social, a fim de promover a paz, a cultura, o esporte e o lazer e de levar atendimento social, psicológico e jurídico a moradores de comunidades carentes. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
De acordo com a proposta, os centros farão parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), serão geridos por equipes multidisciplinares e oferecerão:
Prêmio da ONU
O deputado Pedro Campos (PSB-PE), autor do projeto, lembra que a ideia do Compaz como política pública surgiu em 2013, no Recife, tendo recebido o Prêmio de Serviço Público das Nações Unidas como o que melhor contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os ODS são um conjunto de propostas elaboradas pela ONU que abordam desafios globais para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas possam desfrutar de "paz e de prosperidade".
Redução da criminalidade
"O reconhecimento pela ONU se dá principalmente pela relação direta entre a atuação do Compaz e a redução dos índices de criminalidade nas regiões onde estão instalados. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, a redução de crimes violentos letais intencionais chegou a 35% nos bairros onde o Compaz foi instalado”, destaca o autor.
Os recursos para a construção, manutenção e desenvolvimento dos Centros Comunitários da Paz, segundo o projeto, virão dos orçamentos municipal, estadual e federal, de parcerias público-privadas e de doações de empresas e pessoas físicas.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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