Educação pública cearense conquistou quatro projetos premiados na final da mostra
O espírito inovador, a dedicação à pesquisa e a criatividade dos estudantes da rede pública estadual foram parabenizados pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas, durante encontro realizado com os jovens cearenses premiados na 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (31), no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Também estiveram presentes a secretária da Educação do Ceará, Eliana Estrela, gestores escolares e professores.
“O Ceará tem muito orgulho de cada um e cada uma de vocês. Parabenizo pelo resultado e esforço. É muita alegria ver jovens com tanto talento, inteligência e dedicação. Vocês, estudantes, gestores, professores e orientadores, são exemplos”, afirmou o governador Elmano de Freitas, que entregou medalhas e troféu aos estudantes premiados.
Um dos eventos científicos nacionais mais importantes, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento de estímulo ao jovem cientista, promovido e organizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Estudantes e professores com ideias e projetos inovadores, desenvolvidos nas várias áreas do saber, demonstram que as soluções para questões vivenciadas no dia a dia em sociedade podem vir da sala de aula, por meio do incentivo à prática científica.
O resultado, que saiu durante final realizada na semana passada, premiou com medalhas e troféu quatro projetos cearenses de relevante impacto social, ambiental e tecnológico. Os estudantes receberam condecorações de instituições científicas nacionais e internacionais, além de credenciais para participar de outras feiras importantes, sendo uma fora do Brasil. Outros dois conquistaram certificados e menções.
Edição após edição da Febrace, o Ceará se firma como um dos estados com tradição em participações e premiações ao longo dos anos. “Na Febrace foram 1.800 projetos inscritos, com 250 contemplados para a final. O Ceará encaminhou sete equipes para a final, tendo quatro premiados. Essas equipes estão habilitadas a participar de competições internacionais. Uma conquista que orgulha a nossa educação e o nosso estado. Isso é fruto do trabalho em equipe e da dedicação que envolve os profissionais da educação e, especialmente, os alunos”, destacou a secretária Eliana Estrela.
A produção científica na rede pública é um movimento que começa em sala de aula, passa pelo Ceará Científico e se consolida nas feiras regionais, nacionais e internacionais.
São ideias como as das estudantes Letícia Cristina Silva de Souza e Jaylane Cristina Diniz Sousa, de Juazeiro do Norte, que mostram possibilidades para transformar comunidades e combater desigualdades. “Nosso projeto tem foco na segurança alimentar e nutricional, com base no potencial culinário da Chaya. A ideia surgiu diante do contexto de aumento da fome na pandemia. Porque 300 gramas de Chaya equivale ao mesmo valor nutricional de 100 gramas de carne”, citou a estudante Jaylane Cristina.
As premiações, segundo a professora e orientadora Heloína Capistrano, que atua na Escola de Ensino Médio Integral Marconi Coelho Reis, em Cascavel, é um reconhecimento importante. “Desde 2018, ministro as eletivas de mudanças ambientais, botânica e pesquisa científica. Então, os alunos mostram interesse na pesquisa científica. Eu os oriento para que percebam os problemas em suas comunidades e desenvolvam projetos para solucionar esses problemas. Surgem, daí, projetos inovadores, sustentáveis, de baixo custo e grande relevância social”, avaliou.
Kalyne Vitória Falcão, da Escola Estadual de Educação Profissional Antonio Rodrigues de Oliveira, de Pedra Branca, falou da experiência de participar da Febrace. “Nosso projeto consiste em tratamento de água adequado e acessível em nossa cidade, que sofre muito com essa questão. A Febrace conseguiu abrir novos olhares sobre o mundo. Fazer experimentos é algo que nos apaixona”, disse.
Paixão também despertada em Laísa Silveira, da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Maria Conceição de Araújo, de Acaraú. “É uma honra para nós representar nossa escola e o Ceará”.