A Federação Piauiense de Atletismo informou que, a partir de janeiro de 2026, passará a exigir a emissão do Permit, uma autorização técnica obrigatória para a realização de corridas de rua em todo o estado. O documento consiste em uma taxa cujo valor varia entre 750 e 4.500 reais, dependendo do volume de participantes inscritos em cada evento.
Segundo a entidade, essa certificação é fundamental para atestar que as competições cumprem as normas rigorosas de organização, segurança e regulamentação estabelecidas pela Confederação Brasileira de Atletismo e pela Federação Internacional de Atletismo, garantindo ainda a validade dos resultados técnicos e a segurança dos atletas.
A estrutura de custos foi definida em diferentes categorias de acordo com o número de corredores. Eventos que reúnem entre 250 e 300 atletas pagarão a taxa mínima de 750 reais. Para competições com 301 a 500 participantes, o valor sobe para 1.750 reais, chegando a 2.300 reais em corridas com até mil inscritos.
Em eventos de maior porte, os valores escalonam para 3.100 reais (até 1.500 atletas), 3.850 reais (até 1.800 atletas) e 4.100 reais (até 2.000 atletas). O teto da taxa, fixado em 4.500 reais, será aplicado a qualquer corrida que ultrapasse a marca de dois mil participantes.
A presidente da Federação, Maria da Paz Pereira, defendeu a medida explicando que o valor, quando diluído pelo número de inscritos, representa um impacto aproximado de apenas três reais por atleta. Ela ressaltou que a arrecadação será utilizada para custear o funcionamento da Federação e apoiar outras modalidades do atletismo, como as provas de pista e campo, que possuem maior dificuldade de financiamento.
Além disso, Maria da Paz esclareceu que, embora as corridas beneficentes também precisem da autorização técnica, a Federação está aberta a parcerias para isentar ou negociar a taxa nesses casos específicos, priorizando o caráter social do evento através do diálogo com os organizadores.