Os trabalhadores da limpeza pública de Teresina iniciaram uma greve por tempo indeterminado na manhã desta quarta-feira (17), afetando as zonas Sul e Sudeste da capital. Segundo o sindicato da categoria, a empresa responsável pelo serviço, Ibero Lusitana, não cumpriu o acordo de pagar as horas extras de novembro e o vale-alimentação de dezembro, ambos atrasados.

A paralisação já havia ocorrido na segunda-feira (15), quando coleta de lixo, capina e varrição foram suspensas. Na ocasião, os trabalhadores retomaram as atividades após a empresa prometer que os pagamentos seriam feitos até a madrugada de terça-feira (16). No entanto, de acordo com Jônatas Miranda, presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), o compromisso não foi cumprido.

Nesta quarta-feira, os trabalhadores voltaram a se reunir em frente à sede da empresa, localizada no bairro Lourival Parente, Zona Sul de Teresina. O g1 tenta contato com a Ibero Lusitana para obter posicionamento.

O sindicato informou que a categoria já havia notificado a empresa em outubro pelo mesmo problema de atraso nos pagamentos. Na época, a Ibero Lusitana pediu prazo para regularizar a situação, o que foi aceito pelo sindicato.

Em nota, a Entidade Autárquica Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) declarou que não há qualquer débito da Prefeitura de Teresina com a empresa. A gestão acusa a Ibero Lusitana de não repassar tíquetes e horas extras aos trabalhadores e afirmou que adotará medidas administrativas e legais para assegurar o cumprimento do contrato e os direitos da categoria.

Atualmente, a limpeza pública da capital é realizada de forma emergencial por seis empresas: duas responsáveis pela coleta de lixo, duas pelo gerenciamento dos aterros sanitários privados, uma pelo aterro público e outra pelo tratamento do chorume produzido nesse aterro.