A reorganização geopolítica e a fragmentação das cadeias globais estão moldando um ambiente logístico multipolar, no qual empresas precisam equilibrar eficiência, diversificação e resiliência. Segundo a PLEX Logistics, as projeções para 2026 indicam aceleração de modelos híbridos, regionalização de rotas e maior dependência de dados para decisões operacionais.
A empresa avalia que a combinação entre avanços tecnológicos, políticas comerciais mais restritivas e eventos climáticos extremos influencia diretamente prazos, custos e planejamento de capacidade.
Para João Lucas da Silva, Trade Lane Development Sales da PLEX Logistics, as transformações já são perceptíveis. “O mundo multipolar traz novas configurações de risco e oportunidade. Cadeias mais curtas, hubs alternativos e integração de dados em tempo real ajudam empresas a responder com agilidade às mudanças”, afirma.
O especialista ressalta que modelos de nearshoring e friendshoring devem se consolidar em 2026.
“A busca por fornecedores mais próximos e rotas menos expostas a tensões geopolíticas reduz vulnerabilidades. Isso se soma à automação das decisões logísticas, que amplia previsibilidade e eficiência”, explica.
A PLEX destaca que investimentos em tecnologia, análises multicritério e planejamento de capacidade serão elementos estruturais para empresas que buscam competitividade. O alinhamento entre embarcadores, operadores logísticos e agentes de carga também pode ajudar a lidar com volatilidade e sazonalidades mais intensas.