Brasil Investigação
CPI: Ex-coordenador de pagamentos do INSS é preso após depoimento
A ordem de prisão partiu do presidente da comissão, Carlos Viana, depois da oitiva de nove horas
02/12/2025 14h32
Por: Fabio Brito Fonte: IG

Na madrugada desta terça-feira (2), o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o senador Carlos Viana (Podemos), determinou a prisão de Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, após depoimento de aproximadamente nove horas.

A decisão veio após supostas contradições no depoimento de Jucimar, que compareceu à CPMI mediante condução coercitiva.

"O senhor não foi convocado corretamente e por não ter dado as datas corretas que o promotor lhe perguntou sobre ACTs, o senhor está preso por calar a verdade. Determino à Secretaria-Geral e à Polícia que conduzam o Sr. Jucimar para que o flagrante seja lavrado", disse Viana.

Após a ordem de prisão, a oitiva foi encerrada de imediato e a Polícia Legislativa foi acionada para lavrar o flagrante nas dependências do Senado.

Localizado em Manaus

Na última segunda-feira (1), Carlos Viana afirmou que Jucimar teria apresentado atestados médicos, mas foi  localizado pela Polícia Legislativa nas proximidades de Manaus. Após isso, o réu foi levado para depor ao colegiado.

"O servidor do INSS responsável por pagamentos apresentou dois atestados médicos e viajou para uma região próxima de Manaus, o que impediu sua presença na sessão. A Polícia do Legislativo, cumprindo ordem judicial, realizou uma operação emergencial durante a madrugada, localizou o servidor e o trouxe a Brasília por condução coercitiva, conforme previsto em lei", frisou Viana.

Acusações 

Jucimar Fonseca da Silva é acusado pela CPMI do INSS de envolvimento em uma  suposta participação em esquema de fraudes e irregularidades relacionadas a descontos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

Ele foi i nvestigado por autorizar o processamento de diversos descontos, mesmo com pareceres contrários do Ministério Público, além de assinar uma nota técnica que liberou o desbloqueio em lote de descontos associados a entidades suspeitas de estarem envolvidas em esquema de fraudes.