Um incêndio de grandes proporções atingiu um complexo residencial com oito arranha-céus em Hong Kong na quarta-feira (26), deixando 65 mortos e pelo menos 72 feridos, segundo autoridades locais. O fogo, considerado o mais letal na cidade em três décadas, continuava sendo combatido nesta quinta-feira (27).
Quase 300 pessoas estavam desaparecidas, muitas presas nos prédios em chamas, de acordo com o Corpo de Bombeiros. As vítimas apresentavam queimaduras e lesões por inalação. Um bombeiro está entre os mortos.
As autoridades informaram que o fogo foi totalmente apagado em quatro torres, enquanto três focos permaneciam sob controle. Apenas um dos prédios não foi atingido.
A causa do incêndio ainda é investigada, mas a principal suspeita é a rápida propagação pelas telas de construção e andaimes de bambu usados em reformas do complexo. A polícia afirmou que as telas não atendiam aos padrões de segurança contra incêndio e prendeu três homens da construtora por homicídio culposo.
"Temos motivos para acreditar que os responsáveis da empresa foram extremamente negligentes, o que levou a este acidente e fez com que o incêndio se alastrasse descontroladamente, resultando em um grande número de vítimas", disse Eileen Chung, superintendente da polícia de Hong Kong”, disse Eileen Chung, superintendente da polícia de Hong Kong.
Nesta quinta, agentes fizeram buscas na sede da empresa responsável pelas obras e apreenderam documentos. O condomínio, localizado em Tai Po, abriga cerca de 4,6 mil moradores.
Centenas de bombeiros e policiais foram mobilizados. O alerta de emergência chegou ao nível 5, o mais alto. Parte da rodovia Tai Po foi fechada, e linhas de ônibus foram desviadas.
Hong Kong já registrou outros incêndios graves. O último de grande impacto ocorreu em 1996. O uso de andaimes de bambu, ainda comum na cidade, passa por restrições após mortes e acidentes nos últimos anos.
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