Neste domingo (23), a Polícia Federal deflagrou a Operação Profeta, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no Ceará, expedido pela Justiça Federal, para apurar possível prática do crime de fraude em certame de interesse público. A ação teve como foco a suposta divulgação antecipada de conteúdo do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM 2025.
A investigação teve início após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, vinculado ao Ministério da Educação, detectar a publicação de vídeo em plataforma digital contendo questões com similaridade substancial àquelas aplicadas na prova oficial. O conteúdo foi divulgado antes da data prevista para o exame.
A atuação da Polícia Federal visa esclarecer os fatos, apurar possíveis ilícitos, identificar os responsáveis pela obtenção dos dados e divulgação indevida, bem como possíveis conexões com outros delitos.
A PF reafirma seu compromisso com a integridade dos concursos públicos e com o combate a fraudes que comprometam a confiança da sociedade nos processos seletivos nacionais.
Diante de relatos de candidatos nas redes sociais, o instituto anulou três perguntas depois de "analisar relatos de antecipação de itens semelhantes aos aplicados nas provas". Confira as questões anuladas:
Segundo o Inep, foram identificadas “similaridades pontuais” entre questões divulgadas nas redes sociais e itens presentes na prova, embora nenhuma pergunta tenha sido apresentada exatamente como na versão aplicada em 2025.
O Ministério da Educação e o Inep não vão se manifestar sobre a operação.
Os rumores sobre um suposto vazamento de questões do Enem começaram a circular nas redes sociais na noite de segunda-feira (17), dia seguinte à aplicação das provas de matemática e ciências da natureza, realizada no domingo (16).
Quem é e o que diz Edcley
Edcley Teixeira, que vende serviços de consultoria a vestibulandos e cursa Medicina, afirma que previu as questões em live nas redes sociais dentro dos parâmetros legais, sem nenhum vazamento de material, apenas para “democratizar a educação”.