Internacional Ataque
Brasileiro é condenado a 14 anos de prisão por tentativa de assassinato de Cristina Kirchner
Fernando Sabag Montiel tentou atirar contra a então vice-presidente da Argentina em 2022, mas a arma falhou; sua ex-namorada também foi condenada
09/10/2025 08h37
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
Foto: Reprodução/Luis Robayo/AFP

O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, foi condenado nesta quarta-feira (8) a dez anos de prisão por tentar assassinar Cristina Kirchner em 2022, em Buenos Aires. O atentado ocorreu quando a então vice-presidente acenava para apoiadores em frente à sua casa, e Montiel disparou contra ela, mas a arma falhou.

A justiça argentina também condenou Brenda Uliarte, de 26 anos — ex-namorada de Montiel —, a oito anos de prisão por ter sido “participante necessária” do crime. Um terceiro acusado, Nicolás Carrizo, foi absolvido. A juíza informou que cabe recurso em todos os casos e rejeitou o pedido da defesa para considerar Sabag Montiel inimputável.

A nova sentença foi somada à pena anterior de quatro anos e três meses por posse e distribuição de material de abuso sexual infantil, totalizando 14 anos de prisão.

Montiel nasceu no Brasil, em 1987, filho de mãe argentina e pai chileno. Segundo a imprensa argentina, ele vive na Argentina desde o início dos anos 1990, e seu pai foi expulso do Brasil em 2021.

De acordo com o jornal “La Nación”, Montiel falou durante a audiência, antes da leitura da sentença, em um discurso confuso, no qual se comparou ao ex-procurador argentino Alberto Nisman, assassinado em 2015.

O atentado aconteceu no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Montiel levantou a arma — uma pistola Bersa .32 (7,65 mm) — e tentou atirar na cabeça de Cristina, mas o disparo falhou. Ele foi detido imediatamente pela Polícia Federal argentina.

Apesar do susto, Cristina Kirchner não foi ferida e continuou cumprimentando apoiadores. À época, a vice-presidente contava com uma equipe de segurança formada por cerca de 100 agentes.

Atualmente, Cristina Kirchner cumpre prisão domiciliar.


(Foto: Reprodução/Eitan Abramovich/AFP/Getty)