O PP (Progressistas) comunicou, nesta quarta-feira (8), o afastamento do ministro do Esporte, deputado federal André Fufuca (MA), da vice-presidência nacional do partido e de todas as decisões partidárias após ele se recusar a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nota assinada pelo presidente nacional da legenda (leia a íntegra abaixo), senador Ciro Nogueira (PI), determina também intervenção no diretório do Maranhão, retirando Fufuca do comando da sigla no estado.
No início de setembro, o PP deu um prazo de 30 dias para que Fufuca deixasse o governo federal. Posteriormente, este período foi estendido até o último domingo (5). No entanto, em agenda no Maranhão ao lado de Lula na segunda-feira (6), o ministro reafirmou seu apoio ao petista e desafiou a pressão do PP.
"Queria lhe dizer, presidente, que o importante não é justificar o erro, mas evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro, mas, agora em 2026, pode ser que meu corpo esteja amarrado, mas minha alma, meu coração e força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva ser presidente do Brasil", disse Fufuca durante a entrega de unidades habitacionais em Imperatriz, no interior do estado.
Em entrevista veiculada na terça-feira (7), Lula classificou como "equívoco" e "bobagem" a decisão do PP e do União Brasil (que se uniram em uma federação) de exigir que filiados deixem o governo — como são os casos de Fufuca e do ministro do Turismo, Celso Sabino (União).
"Acho que é um equívoco do PP querer expulsar o Fufuca, da mesma forma que acho que é um equívoco do União Brasil querer expulsar o Celso Sabino. Acho um erro, uma bobagem. Mas de qualquer forma eu vou conversar com eles, eles são deputados, eles têm mandato, eles sabem também o que decidir, tem maioridade para isso", afirmou Lula à TV Mirante, afiliada da rede Globo no Maranhão.
Nesta quarta-feira, Celso Sabino anunciou sua permanência no governo. "Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo", comunicou a jornalistas.