Nesta semana, criadores de gado de diversas regiões do país se reuniram em Brasília para o lançamento da Carta Aberta dos Pecuaristas pelo Clima. O documento estabelece uma série de compromissos claros que visam uma produção bovina mais sustentável no Brasil é uma iniciativa do movimento Pecuária Tropical pelo Clima,
A intenção do movimento é contar a história da atividade econômica no país e indicar caminhos para uma transição apoiada em práticas de produção ecologicamente mais responsáveis.
Entre os principais compromissos firmados na carta estão:
Combater o desmatamento ilegal, apoiando a recuperação de áreas degradadas com tecnologia e assistência técnica.
Elevar a eficiência produtiva adotando práticas de baixa emissão e uso racional dos recursos naturais.
Garantir rastreabilidade confiável, funcionando como instrumento de transparência de origem e acesso a mercados sustentáveis.
Fortalecer a economia local.
Um dos pontos centrais defendidos na carta é o direito de o setor contar a própria história, com credibilidade baseada em dados e evidências. Os pecuaristas deixam claro que não querem que a narrativa de sua atividade seja contada por quem não conhece a realidade da produção desenvolvida nos trópicos.
No documento, o grupo também indica gargalos que ainda precisam ser superados para o avanço da sustentabilidade no setor. Eles destacam a necessidade de métricas próprias para a pecuária tropical e a criação de políticas que respeitem a diversidade da atividade.
Outros pontos de atenção citados pelos criadores são a falta de infraestrutura, a insegurança jurídica e as barreiras comerciais, que o grupo classifica como injustas.
“Estamos comprometidos com um modelo de pecuária tropical como aliada na construção de um Brasil mais sustentável, competitivo e generoso com as próximas gerações”, afirmam os pecuaristas na carta, reforçando o alinhamento do setor com as agendas climáticas.