Agricultura Reforma tributária
Conacarne debate desafios do mercado do boi e preferências do consumidor
O encontro reuniu representantes do setor agropecuário, contadores e autoridades para debater os impactos da reforma tributária no campo.
20/09/2025 08h55
Por: Amanda Lafayette Fonte: cnabrasil.org.br
Foto: Reprodução/Divulgação

Durante o evento “Reforma tributária: Construir pontes para avanços verdadeiros”, realizado em Porto Velho (RO), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) orientou produtores rurais sobre as mudanças que começam a valer em janeiro de 2026. O encontro reuniu representantes do setor agropecuário, contadores e autoridades para debater os impactos da reforma tributária no campo.

Hélio Dias, presidente do Sistema Faperon/Senar-RO, ressaltou a importância de preparar os produtores para a transição, reforçando o papel do agro na economia nacional.

Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA, explicou os principais pontos da reforma, com foco na tributação sobre o consumo. Ele destacou que a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) vai substituir tributos como IBS e CBS, trazendo mais segurança jurídica. Para o agro, entre os benefícios estão a redução de 60% nas alíquotas, isenção do imposto seletivo sobre produtos agropecuários e tratamento diferenciado para cooperativas e biocombustíveis.

Conchon também chamou atenção para os prazos de adaptação. Entre setembro e dezembro de 2025, produtores que utilizam sistemas próprios de emissão de notas fiscais deverão atualizá-los para o novo padrão. A partir de 1º de janeiro de 2026, notas fora do modelo serão rejeitadas, impedindo a comercialização. No mesmo ano, haverá uma alíquota-teste de 1%, sem impacto imediato na carga tributária, para ajustes do sistema.

Além de ganhos ao setor produtivo, a reforma deve beneficiar o consumidor final, com o fim da tributação cumulativa sobre alimentos. Conchon reforçou que a adaptação exigirá planejamento e envolvimento de várias áreas da propriedade rural, como contabilidade, jurídico e tecnologia. Ao finalizar, deixou um recado direto: ““Produtores rurais, fiquem atentos a essa nova realidade”