Polícia Investigação
Oito suspeitos por ataque bilionário são presos ao tentar invadir PIX da Caixa Econômica
As prisões em flagrante foram confirmadas pela Justiça Federal, que as converteu em prisão preventiva.
15/09/2025 08h18
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
Foto: Reprodução/Internet

Na última sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) prendeu oito pessoas suspeitas de participar de uma organização criminosa que realizava ataques cibernéticos contra o sistema financeiro nacional. O grupo é investigado por fraudes que somam cerca de R$ 1,2 bilhão.

A prisão ocorreu em um imóvel onde os suspeitos estavam reunidos, no momento em que tentavam invadir o sistema da Caixa Econômica Federal para desviar dinheiro via Pix. 

No local, a polícia encontrou uma estação de trabalho roubada da própria Caixa, que daria acesso privilegiado ao sistema interno da instituição, incluindo senhas e o sistema do Pix. O equipamento foi levado de uma agência no Brás, em São Paulo, e transportado para o local onde a prisão aconteceu.

Foram presos José Elvis dos Anjos Silva, Fernando Vieira da Silva, Rafael Alves Loia, Marcos Vinícius dos Santos, Klayton Leandro Matos de Paulo, Guilherme Marques Peixoto, Nicollas Gabriel Pytlak e Maicon Douglas de Souza Ribeiro Rocha. As defesas dos suspeitos não foram localizadas pela reportagem.

As prisões em flagrante foram confirmadas pela Justiça Federal, que as converteu em prisão preventiva. A advogada de defesa de dois dos suspeitos, Rafael Alves e José Elvis, negou a participação de seus clientes nos crimes e teve o pedido de soltura negado pela Justiça.

A investigação aponta que o grupo também é suspeito de outros dois ataques de grande porte: um contra o Banco BMP, em junho, com prejuízo estimado em R$ 800 milhões, e outro mais recente contra uma plataforma de tecnologia ligada ao Pix, que resultou no desvio de cerca de R$ 400 milhões. Interceptações de mensagens feitas pela PF revelaram que um dos hackers afirmou ter realizado um ataque ao sistema da Sinqia, que viabilizou operações financeiras de Pix.

As investigações da PF ainda estão em andamento para identificar outros envolvidos e apurar se houve participação de funcionários de instituições financeiras nas fraudes.